Esta terça-feira (9) pode se tornar um dia muito decisivo para o futuro do Voa Brasil. Trata-se do programa do governo federal que prevê a disponibilização de passagens aéreas por R$ 200 para qualquer lugar do Brasil. O projeto está sendo prometido desde o ano passado, mas até agora não saiu do papel.
Isso pode mudar no final da tarde de hoje. Nesta manhã, a presidência da república divulgou a agenda oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com a lista de encontros, ele deverá participar de uma reunião com o ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, a partir das 15h.
O ministério de Portos e Aeroportos será o responsável por capitanear o programa Voa Brasil. Em entrevistas recentes, Costa Filho revelou que o projeto já está pronto, mas precisa do aval de Lula para sair do papel de fato. É justamente este aval que pode ser confirmado hoje.
Mesmo que o programa ainda não tenha sido lançado oficialmente, o fato é que alguns pontos já estão sendo antecipados pelo Ministério de Portos e Aeroportos. Segundo a pasta, a ideia é atender inicialmente apenas os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Cada cidadão poderá comprar até quatro passagens por ano.
Neste sentido, vale frisar que a passagem de R$ 200 é válida por cada trecho. Imagine, por exemplo, um cidadão que reside em Belém do Pará, e decide visitar a sua família em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Neste caso, ele terá que pagar R$ 200 para ir para o sul, e mais R$ 200 para voltar ao norte.
A ideia do Governo Federal é liberar cerca de 1,5 milhão de passagens a R$ 200 por mês. Contudo, o programa poderá ser elevado aos poucos, até atingir a sua carga máxima depois do período de um ano. E o Ministério também afirma que não haverá nenhum tipo de investimento público para a medida.
Como dito, mesmo antes do lançamento do Voa, Brasil, alguns pontos já podem ser antecipados. O processo de solicitação da passagem, por exemplo, foi explicado pelo Ministério de Portos e Aeroportos. Veja abaixo:
Em entrevista recente, o ministro já tinha dito que vai tentar aumentar o público alvo que poderá ser atendido pelo projeto de barateamento das passagens, e incluir também os estudantes bolsistas do Prouni.
“Estamos vendo se é possível acrescentar alunos do Prouni, que muitas vezes querem fazer um concurso público em outros estados e não têm como pagar”, falou Costa Filho. A nova proposta ainda não chegou à Casa Civil, segundo informações de bastidores colhidas pelo portal R7.
O Prouni é um programa gerido pelo Ministério da Educação, e que oferece bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação em instituições de ensino privadas. Tais alunos também podem usar estas bolsas para participar de sequenciais de formação específica, também em instituições particulares.