Cidadãos que fazem parte do programa Bolsa Família poderão ganhar o direito de receber mais um adicional do projeto social. Em entrevista, o Ministro do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias (PT) disse que está trabalhando na possibilidade de criar um novo bônus para os beneficiários.
Hoje, o Bolsa Família faz pagamentos mensais de R$ 600 sem nenhum tipo de adicional. Assim, independente da quantidade de pessoas que residem em uma mesma casa, o valor base não muda. Na prática, todos os cidadãos recebem uma média de pouco mais de R$ 600 todos os meses.
A partir de março, esta lógica deve mudar. O Governo deverá iniciar os pagamentos do adicional de R$ 150 por filhos menores de seis anos de idade. A ideia é que famílias mais numerosas passem a receber um saldo maior em comparação com as famílias formadas por um ou dois integrantes, por exemplo.
Agora, o Governo Federal estuda a possibilidade de pagar um segundo adicional. A ideia é liberar o saldo para as famílias que possuem filhos que têm entre 7 e 18 anos de idade. Segundo o Ministro, o tema ainda está em discussão, e ainda não é possível cravar o valor do bônus que será depositado para estes cidadãos.
Eles também não definiram se este adicional vai começar a ser pago em março, assim como o bônus de R$150. De todo modo, o Ministro disse que é provável que este novo valor seja pago o mais breve possível para que as famílias sejam atendidas com mais rapidez ainda neste ano de 2023.
Segundo Dias, a ideia central é definir este valor de pagamentos de acordo com o patamar per capita, isto é, conforme a quantidade de filhos que estão dentro da faixa etária atendida.
“No valor per capita, volta a ter um valor de acréscimo, por criança de sete anos até completar 18 anos. Estamos acertando o valor, que será além dos R$ 150 por criança de até seis anos”, declarou.
“A definição de valor per capita com estas particularidades é o que permitirá voltar a ter melhores indicadores sociais. Veja que já chegamos a mais de 90% de crianças e adolescentes matriculados e caiu para até a casa de 60%”, disse.
“Mas a prioridade das prioridades são as novas gerações, não perder ninguém e abrir oportunidade para, com saúde e boa educação, alcançar um ofício, uma profissão, e alcançar uma oportunidade de trabalhar no setor público ou privado e empreendedorismo.”
Tais mudanças propostas pelo Ministro só devem começar a sair do papel a partir de março. Até lá, seguem valendo as regras do desenho do antigo Auxílio Brasil.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, em fevereiro estima-se que pouco mais de 21,8 milhões de pessoas estejam aptas ao recebimento do Bolsa Família.
Como dito, todos os usuários estão recebendo um patamar mínimo de R$ 600 por família. O valor pode variar conforme a soma dos benefícios internos, mas não pode ser menor do que os R$ 600.
A Caixa libera os pagamentos para os usuários conforme o Número de Identificação Social (NIS).