Os pesquisadores da Check Point Research (CPR), divisão de Inteligência em Ameaças da Check Point Software Technologies, fornecedora líder de soluções de cibersegurança global, identificou um novo vírus (também chamado de malware) que está sendo distribuído por meio de apps da loja oficial da Microsoft. A CPR calculou 5 mil vítimas em 20 países até o momento.
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O malware Electron-bot, denominação dada pela equipe da CPR, consegue controlar contas de redes sociais das vítimas, incluindo Facebook, Google e SoundCloud. O malware pode registar novas contas, iniciar sessão, comentar e curtir posts.
O Electron-bot tem a capacidade de:
Além disso, o código do Electron-bot é carregado dinamicamente, o que significa que os atacantes podem utilizar o vírus já instalado como porta de entrada para obter o controle total da máquina da vítima.
Existem diversos aplicativos infectados na loja da Microsoft. Jogos populares como “Temple Run” ou “Subway Surfer” foram considerados maliciosos. A CPR detectou diversos editores e produtoras de jogos maliciosos, em que todos os seus aplicativos estavam relacionados com a campanha maliciosa do Electron-bot:
Até ao momento, a CPR verificou 5 mil vítimas em 20 países; a maioria delas localizam-se na Suécia, Bermudas, Israel e Espanha.
Para que o vírus chegue até às vítimas, o método de distribuição funciona a partir dos seguintes passos:
Para evitar a detecção, a maioria dos códigos que controla o malware é carregada dinamicamente pelo servidor dos atacantes. Isso permite que eles modifiquem parte do vírus (o payload) e alterem o comportamento dos bots a qualquer momento. O malware utiliza a estrutura Electron-bot para imitar o comportamento de navegação de uma pessoa e evitar as proteções do site.
A equipe da CPR relatou à Microsoft todos os editores de apps disponíveis em sua loja relacionados a esta campanha de vírus. Segundo a CPR, o medo é que os hackers aproveitem o vírus para aumentar a superfície de ataque e acessem outros recursos do computador. Como a carga útil do bot é carregada remotamente a cada tempo de execução, os atacantes podem modificar o código e alterar o comportamento do bot para alto risco
Por exemplo, eles podem inicializar outro segundo estágio e descartar um novo malware, como um ransomware. Tudo isso pode acontecer sem o conhecimento da vítima. E como a maioria das pessoas pensa que se pode confiar nas avaliações da loja de aplicativos, não há uma hesitação em baixar um aplicativo a partir da loja.
Para o usuário se manter o mais seguro possível, a Check Point orienta seguir as dicas abaixo antes de baixar um aplicativo de lojas: