Publicado pela primeira vez em 1942, o livro Minha Vida de Menina foi escrito por Helena Morley, pseudônimo de Alice Dayrell Caldeira Brant.
A obra se constitui de passagens da vida da própria autora enquanto menina. Compreendendo, desse modo, trechos do diário escrito pela autora durante os seus 13 e 15 anos, entre 1893 e 1895.
Desse modo, Minha Vida de Menina retrata o dia a dia de uma adolescente que vivia em Diamantina, Minas Gerais, no final do século XIX. Por ser neta de um inglês, Helena recebeu educação britânica e liberal, de modo que tinha uma reflexão crítica e profunda sobre a cultura em que vivia.
Assim sendo, a obra traz o olhar de uma menina sobre a sociedade brasileira da época, com linguagem leve e coloquial.
O período histórico em que se localiza o diário é marcado pelo início da decadência de Diamantina em decorrência do esgotamento das jazidas. Desse modo, as desigualdades sociais foram se acentuando e a pobreza aumentava.
A obra expõe, então, as polaridades do período. Enquanto Helena era uma menina pobre, seus avós e tios tinham muito dinheiro.
Com um olhar atento, Helena, que era uma menina questionadora, registrou em seu diário não só o seu cotidiano doméstico e escolar, mas também um retrato das temáticas sociais da época.
No entanto, o enredo tem como foco as aventuras de Helena, seja em casa, na escola ou na rua e o seu comportamento se descolava do modelo de menina da época, seguido por sua irmã Luisinha. A família da menina também aparece em destaque, de modo que a morte de sua avó afeta drasticamente Helena, bem como a briga familiar pela herança.
Entre as personagens de destaque figura tia Madge, que fica próxima de Helena e passa a ser sua conselheira. Além de tia Madge, aparecem também Alexandre e Carolina, o pai e a mãe de Helena, e Aurélia, Conrado e Geraldo, tios de Helena.
A obra acaba de maneira abrupta, mas não sem marcar a mudança de Helena de uma menina de 13 anos para uma moça de 15.
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