A paixão segundo G.H. é uma das obras mais emblemáticas da escritora Clarice Lispector. Desse modo, a obra se faz sempre presente nas listas de obras obrigatórias dos vestibulares.
Com sua primeira publicação em 1954, A paixão segundo G.H. é marcada por fluxos de consciência, aspecto muito pontual da obra da autora. Assim, o romance trata das inquietações de uma mulher na busca do conhecimento de si.
É desse modo que Clarice Lispector apresenta a personagem principal identificada apenas pelas iniciais G.H. Após demitir sua empregada, a mulher vai ao quarto da empregada para arrumá-lo e se depara com uma barata, que ela esmaga.
Nesse ponto do enrede, se dá uma catarse, ou seja, o momento de epifania da personagem. A partir do fato trivial do cotidiano, através do fluxo de pensamentos, G.H. é levada a muitas descobertas.
Desse modo, o romance introspectivo é construído por Clarice em primeira pessoa, através do monólogo.
Nele, G.H. conta sua experiência de catarse que a levou a comer a barata esmagada. O romance íntimo, profundo e perturbador, debate, assim, temas como a condição humana, a busca espiritual, a inquietude e a incerteza da existência humana.
De família ucraniana, Clarice Lispector chegou ao Brasil antes dois anos de idade. Naturalizada brasileira, além de jornalista e pintora, foi uma das mais importantes escritoras brasileiras.
Um dos maiores nomes femininos da literatura no século XX, Clarice tinha estilo de escrita inconfundível. Clarice é uma das autoras mais relevantes da Terceira Geração do Modernismo, a “Geração de 45”.
Além disso, a escritora apresenta versatilidade em sua obra. Assim escreveu romances, novelas, contos, crônicas e literatura infantil. Entre algumas das suas obras mais marcantes figuram Laços de Família (1960), A Hora da Estrela (1977) e A Bela e a Fera (1979).
A autora recebeu diversos prêmios pelas suas obras, entre eles o Prêmio da Fundação Cultural do Distrito Federal e o Prêmio Graça Aranha.
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