O valor da cesta básica caiu em 10 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em junho. Os preços dos itens básicos ficaram mais baratos na maioria dos locais pesquisados, assim como ocorreu em maio, para alívio dos consumidores.
Em resumo, o valor da cesta básica subiu em sete locais, com as capitais do Nordeste liderando os avanços nacionais. Veja onde o preço subiu em junho:
Por outro lado, o valor da cesta básica caiu em 10 capitais pesquisadas no mês passado, com destaque para o Centro-Oeste:
Com o acréscimo destas variações nos preços, Goiânia caiu duas posições no ranking nacional em relação a maio, enquanto Curitiba subiu duas posições, apesar de ambas terem registrado queda nos preços. Contudo, a cesta básica mais cara do país permaneceu na mesma posição, algo que vem se repetindo nos últimos meses.
De acordo com o levantamento do Dieese, a cesta básica de São Paulo foi a mais cara do país em junho. Nos últimos meses de 2022, a capital perdeu espaço para Porto Alegre, que chegou a ter a cesta mais cara do país, mas por pouco tempo.
No mês passado, os valores destas cestas continuaram próximos, uma vez que os recuos registrados nos preços foram semelhantes. Caso os dados dos próximos levantamentos mostrem quedas mais intensas nos valores de São Paulo, a capital gaúcha poderá voltar a ter a cesta básica mais cara do país.
De todo modo, São Paulo ainda está na liderança nacional, e quem reside na capital paulista precisou pagar mais caro do que em outros locais do país para adquirir alimentos básicos em junho.
Em síntese, a população paulistana precisou gastar R$ 783,05 para comprar uma cesta básica em junho, comprometendo 59,3% do salário mínimo vigente, de R$ 1.320.
Já a segunda cesta mais cara do país foi a do Porto Alegre, que custou R$ 773,56 no mês passado, valor 1,2% menor que a de São Paulo. Em março, a diferença era de 4,6%, mas o percentual vem caindo desde então.
No acumulado de 2023, a cesta de São Paulo ficou 1,04% mais barata no país, enquanto a de Porto Alegre ficou 1,04% mais cara. Ambos os resultados foram pouco expressivos, visto que as maiores altas no primeiro semestre de 2023 foram registradas em Recife (9,92%), Aracaju (8,84%), Natal (8,20%) e João Pessoa (7,66%), principalmente por causa das variações registradas em junho.
O Dieese revelou que oito dos 13 produtos pesquisados ficaram mais baratos em São Paulo no mês passado. Veja abaixo quais tiveram queda em seus valores:
Em suma, o feijão carioquinha teve uma forte queda não só em São Paulo, mas os preços do grão caíram em todas as capitais pesquisadas. Isso aconteceu graças ao bom rendimento das lavouras e à expectativa de boa colheita nas próximas safras.
Da mesma forma, o óleo de soja também se destacou em maio, com os preços caindo em todos os locais pesquisados. “Apesar da elevação dos preços internos e externos do grão e da maior demanda de óleo de soja para produção de biocombustível, os preços diminuíram no varejo“, informou o Dieese.
Por outro lado, quatro produtos pesquisados pelo Dieese ficaram mais caros em São Paulo no mês passado. A maioria dos itens registrou queda nos preços e puxou o valor da cesta básica para baixo, mas outros produtos limitaram essa queda, com valores mais elevados que os observados em maio.
Confira os produtos cujos preços subiram em junho:
Em junho, a batata ficou mais cara em todas as cidades, com destaque para Campo Grande (36,89%), Florianópolis (33,06%) e Porto Alegre (28,46%), onde os preços dispararam. Em São Paulo, o avanço também foi forte, mas não chegou perto destas outras variações. De todo modo, a redução da oferta da batata devido ao fim da safra das águas aumentou o preço do tubérculo.
Por sua vez, o açúcar refinado ficou mais caro em 14 das 17 capitais pesquisadas em junho. Outros locais tiveram variações bem mais expressivas que a de São Paulo, como Fortaleza (7,64%) e Goiânia (7,40%). O Dieese explicou que “a oferta restrita de açúcar elevou o preço no varejo”.