Das 27 unidades da federação do país, ao menos 23 registram algum nível de greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) neste momento. Os dados são da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps).
De acordo com as informações oficiais, o número cresceu nos últimos dias. Segundo a Federação, a quantidade de estados que aderem a greve aumenta no decorrer das semanas. A Federação explica que cada unidade decide quando e como funcionará a greve. Assim, há uma diferença de lógica em cada região.
É importante dizer que os estados que estão em vermelho no mapa acima registraram algum nível de greve nos últimos dias. Isso não significa afirmar que todas as agências daquela unidade da federação estejam fechadas. Significa apenas que pelo menos uma parte dos servidores estão de braços cruzados neste momento.
No Paraná, por exemplo, os dados mais recentes apontam que apenas 14 cidades aderiram ao processo de greve. Na Bahia, por outro lado, estima-se que a maioria dos servidores tenham parado nesta semana. Para os usuários, a principal dica é se informar para saber se a sua agência segue aberta neste período.
Também é importante dizer que os dados podem ser atualizados a qualquer momento. Como dito, cada estado possui a sua própria lógica de mobilização. Algumas unidades da federação ainda debatem a possibilidade de paralisação.
É o caso do Rio de Janeiro, por exemplo. Por lá, há uma assembleia marcada para a tarde desta quarta-feira (30). No que depender da decisão final dos servidores, o número de estados em greve pode aumentar mais uma vez.
A Fenasps afirma que o objetivo é fazer uma grande paralisação nacional. Entre outras coisas, eles reivindicam questões como melhorias trabalhista, reajuste no salário dos servidores e também o fim das discussões em torno da Reforma Administrativa.
Dentro do Governo Federal, há um certo temor de que a nova paralisação cresça muito nos próximos dias. Isso porque o argumento do Planalto é de que não há mais espaço no orçamento para realizar um reajuste para os servidores.
Outro motivo de preocupação gira em torno da questão da concessão de benefícios. Os dados mais recentes do próprio INSS mostram que em algumas regiões, o tempo médio de espera está na casa dos cinco meses.
Há portanto o temor de que as paralisações possam fazer com que a espera se torne ainda maior nos próximos meses. Grevistas e Governo Federal deverão realizar uma nova rodada de negociações ainda nesta semana.