Encontrar uma moeda antiga rara é o objetivo de muitos brasileiros. De fato, o Brasil conta atualmente com dezenas de milhares de peças raras espalhadas por todas as regiões neste exato momento. Mas na ânsia por encontrar este itens, é natural que muitas pessoas acabem sendo enganadas.
Assim como em diversas outras áreas, algumas pessoas no ramo da numismática também podem aproveitar a procura pelas moedas raras para produzir itens falsificados e vender por valores altos. Trata-se de uma prática recorrente. O cidadão precisa prestar muita atenção para não se arrepender depois.
Felizmente, você não precisa ser um profissional da área para saber se uma determinada moeda é falsa ou não. Na grande maioria dos casos, apenas uma simples observação mais atenta já é o suficiente para entender se a peça é verdadeira.
É fato que os especialistas na área podem ter mais experiência no assunto, o que vai fazê-los ter mais confiança na hora de identificar as moedas verdadeiras. Mas abaixo, você pode conferir algumas dicas voltadas para os leigos no assunto:
Dica 1 – Conheça o vendedor
Uma das dicas mais importantes é conhecer a pessoa que está repassando a moeda para você. Esta relação de confiança é fundamental para a análise. Se você não conhece, a dica é realizar uma pesquisa sobre o mesmo na internet.
Dica 2 – Atenção ao molde da moeda
Como dito, também é possível identificar as moedas falsas com uma simples observação. Por mais perfeito que possa ser o trabalho de falsificação da peça, é fato que algumas falhas sempre são deixadas para trás. Em alguns casos, há uma costura nas bordas, além de pequenas bolhas de ar no centro.
Dica 3 – Analise o peso
Outra dica muito importante é analisar o peso da moeda. Normalmente, as moedas falsas não possuem o mesmo peso oficial indicado pelo Banco Central (BC). É importante saber qual é este peso oficial para realizar a comparação.
Segundo analistas, não há uma mágica para descobrir quais moedas ou cédulas que você guarda em sua casa são valiosas ou não. O que é possível adiantar é que não se trata de uma tarefa simples. Na grande maioria dos casos, as moedas são apenas comuns, de modo que encontrar uma peça rara tende a ser difícil.
Mas difícil não significa impossível. Um dos erros mais comuns cometidos pelas pessoas que procuram por estas moedas raras é imaginar que os itens mais antigos são os mais valiosos. Esta não é necessariamente uma informação verdadeira. Em muitos casos, vários outros pontos devem ser levados em consideração.
“Uma moeda emitida há duas décadas pode valer mais do que uma do Império ou da Colônia. O que dita o preço de uma peça não é a idade e, sim, a quantidade de moedas feitas naquele ano específico e o estado de conservação”, disse Bruno Pellizzari, vice-presidente da Sociedade Numismática Brasileira.
Mesmo na época do Brasil Império, já existia uma preocupação com o material usado nas moedas que seriam usadas no comércio. De acordo com um relatório histórico do Banco Central, com o passar dos anos, os imperadores começaram a alterar o material usado na fabricação destas peças.
“Com a generalização do uso de cédulas, a cunhagem de moedas direcionou-se para a produção de valores destinados ao troco. O cobre foi sendo substituído por ligas modernas, mais duráveis, de modo a suportar a circulação do dinheiro de mão em mão. A partir de 1868, foram introduzidas moedas de bronze e, a partir de 1870, moedas de cuproníquel”, diz o Banco Central
“Após a Proclamação da República, em 1889, foi mantido o padrão Réis. As moedas de ouro e prata receberam gravação da alegoria da República no lugar da imagem do imperador. A utilização do ouro, na cunhagem de moedas de circulação, foi interrompida em 1922, devido ao alto custo do metal”, completa o BC.