Para dar conta da crescente demanda gerada pelas mortes por Covid-19 em São Paulo (SP), vans escolares serão usadas para transportar corpos de mortos por Covid-19. A Prefeitura informou, em nota divulgada nesta segunda (29), que 50 carros serão adaptados para o Serviço Funerário.
“São 50 veículos particulares dos tipos van, minivan ou furgão, com altura de até 2,51m e quatro veículos de passeio”, disse, em nota, a gestão municipal da capital paulista.
Entre os veículos, estão vans escolares. O contrato de prestação de serviço foi feito com a empresa Era Técnica Engenharia Construções e Serviços, que contratou alguns motoristas escolares que estavam parados após a suspensão das aulas presenciais.
Os veículos serão adaptados e funcionarão sem bancos para passageiros. O adesivo amarelo identificando a van como transporte escolar também será removido. Após o final do período de contratação, a Prefeitura higienizará os veículos utilizados no transporte de mortos por Covid-19.
“Além desses, [foram alugados] mais 4 veículos de passeio para transporte dos agentes funerários. Com essa medida, o Serviço Funerário, que atualmente conta com 45 veículos, dobra o número de carros”, informou a Prefeitura em nota.
Com o agravamento da pandemia de Covid-19, a cidade de São Paulo registrou aumento de quase 30% nos enterros.
Para dar conta da demanda, o horário de funcionamento de quatro cemitérios foi estendido: Vila Formosa e Vila Alpina, ambos na Zona Leste; o São Luiz, na Zona Sul; e o Vila Nova Cachoeirinha, na Zona Norte. Os enterros, que antes eram das 7h às 18h, agora ocorrem das 7h às 22h.
Os sepultamentos noturnos fazem parte do Plano de Contingência do Serviço Funerário. Apesar de ser uma forma de diminuir as aglomerações, nem mesmo a extensão de horário tem evitado as filas para a liberação de corpos de mortos por Covid-19 em São Paulo (SP).
“Eles colocam os corpos de vítimas das Covid-19 em uma sala, e eles vão liberando conforme vão chegando os carros para levar para os sepultamentos. Com isso, forma-se uma aglomeração, as famílias ficam todas paradas ali, esperando a liberação do caixão”, disse ao G1 Debora Nogueira, que esteve no cemitério da Vila Formosa neste domingo (28).