O Deputado Federal Paulo Pimenta (PT-RS) criou polêmica nas redes sociais nesta semana. Em seu perfil oficial no Twitter, ele voltou a criticar duramente os valores do Auxílio Emergencial. Desta vez, no entanto, ele foi além e disse que o Presidente Jair Bolsonaro estava querendo “dizimar a população”.
“O projeto de Bolsonaro e Guedes é dizimar a população mais pobre do país. A política econômica do governo está matando o povo de fome. Hoje, com a redução do auxílio, aumento do desemprego e com a alta dos alimentos, os mais humildes não estão conseguindo sequer comer direito”, disse ele.
De acordo com o Ministério da Cidadania, os valores do Auxílio Emergencial deste ano são notadamente menores do que aqueles que se viu no ano passado. Em 2020, ainda segundo a pasta, cerca de 70 milhões de pessoas receberam parcelas que poderiam chegar em até R$ 1200. Agora, no entanto, os montantes não passam dos R$ 375.
E vale lembrar que esse valor maior vai apenas para um grupo específico: o das mulheres que são chefes de família. Ainda de acordo com informações do Ministério da Cidadania, a grande maioria dos usuários do programa recebe mesmo o montante menor por mês. Isso significa que essas pessoas recebem R$ 150 mensalmente.
Segundo dados oficiais de agências, esses valores não seriam suficientes para comprar uma cesta básica para quatro pessoas em nenhuma das capitais que fornecem esses dados. Em cidades como Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, o preço deste item costuma ultrapassar a marca dos R$ 600 com facilidade.
O Governo Federal não respondeu esta crítica do Deputado Paulo Pimenta. No entanto, os membros do Palácio do Planalto costumam dizer com certa frequência que os valores do programa são realmente baixos.
No entanto, eles alegam que o Auxílio Emergencial deveria servir apenas como uma espécie de adicional para a renda das pessoas e não como uma renda completa. Assim, esse dinheiro poderia servir apenas como um complemento.
Quem disse isso foi o próprio Presidente Jair Bolsonaro. Em diversas entrevistas ele costuma repetir o argumento de que o Auxílio é pouco para quem recebe, mas costuma custar muito para os cofres públicos.
Há algumas semanas, o Governo Federal anunciou a prorrogação do Auxílio Emergencial de maneira oficial. Assim, o programa que deveria durar até julho, agora deve seguir até pelo menos o próximo mês de outubro.
De qualquer forma, não há muita possibilidade de aumento no valor do benefício. Pelo menos é isso o que o Governo Federal está dizendo. De acordo com o Ministério da Economia isso não vai acontecer por uma questão de respeito com o teto de gastos públicos.
Acontece que o Brasil não está mais sob a batuta do período de calamidade pública, como aconteceu até dezembro do ano passado. Dessa forma, não há como fazer pagamentos muito altos neste momento. Pelo menos é isso o que o Governo Federal está dizendo agora.