Melhor do que encontrar uma moeda valiosa, certamente é encontrar duas moedas valiosas. Afinal de contas, ao juntar o dinheiro da venda das duas peças, você poderá encontrar um bom montante no final das contas.
O fato é que dentro do mundo da numismática existem alguns grupos de moedas que fazem parte de a mesma família e que podem ser vendidas em conjunto. No final das contas, esse valor duplicado pode fazer a diferença no seu orçamento.
É o que acontece, por exemplo, com as moedas de 400 réis dos anos de 1938 e de 1940. Estamos falando de peças que fazem parte da chamada Série Vargas.
Juntas, essas duas peças contaram com uma tiragem de mais de 17 milhões de unidades. Dentro do mundo numismática, esse número é visto como pequeno, sobretudo quando comparamos com a quantidade de exemplares que são postos em circulação atualmente.
Como estamos falando de uma moeda que não possui mais valor monetário, não é possível mais encontrar o exemplar em um trocado no comércio, por exemplo.
Até mesmo por isso, identificar esses exemplares tende a não ser uma tarefa muito fácil. Para ajudar nesse procedimento, listamos abaixo um grupo com as principais características das moedas de 400 Réis dos anos de 1938 e de 1940.
Note que tais informações foram previamente disponibilizadas pela Casa da Moeda
Getúlio Vargas foi um dos líderes políticos mais representativos da história do Brasil. Ele governou o país por dois períodos distintos: o primeiro de 1930 a 1945, e o segundo de 1951 a 1954.
Ele chegou ao poder depois da Revolução de 1930, onde encerrou a República Velha, e instituiu o Estado Novo, que constituiu em um regime autoritário que consolidou a sua liderança em todo o país.
Entre outros pontos, Getúlio Vargas promoveu a industrialização econômica, e garantiu direitos trabalhistas. Por outro lado, ele enfrentou crises políticas e também pressão popular. O então Presidente se suicidou em 1954, deixando uma carta-testamento que possui alto valor histórico.
As moedas de 400 Réis da Era Vargas possuem valores diferenciados a depender do grau de conservação do exemplar. Em regra geral, quanto mais bem conservada estiver a sua moeda, maior será o valor de revenda.
Na imagem abaixo, você pode conferir os valores projetados pelos catálogos numismáticos mais atualizados para esses exemplares:
Para os iniciantes, as inscrições da imagem acima podem parecer complexas. Afinal de contas, o que significa o termo Flor de Cunho, por exemplo? As classificações acima estão relacionadas ao estado de conservação de cada uma destas peças, segundo as informações de colecionadores.
A peça está em condição de BC quando se encontra em um bom estado de conservação, ou seja, que possui cerca de 50% dos detalhes da cunhagem original. Moedas nesta categoria têm desgaste mais pronunciado.
O termo MBC significa “Muito bem conservada”. Para que a peça entre nesta classificação, ela precisa ter, no mínimo, 70% de sua aparência original. Os analistas também dizem que o seu nível de desgaste deve sempre ser homogêneo.
Uma moeda soberba é a aquela que conta com pelo menos 90% dos detalhes originais preservados. Trata-se de uma peça que conta com pouco vestígio de circulação e de manuseio. No universo da numismática, este item é considerado intermediário, mas já se trata de um valor mais alto.
O termo Flor de Cunho vem da inscrição em inglês uncirculated. Trata-se de uma peça que não apresenta mais nenhum tipo de desgaste e nem de manuseio. Absolutamente todos os detalhes da cunhagem estão com a sua aparência original. Também não há nenhum indicativo de limpeza ou de química. Mesmo por isso, moedas flor de cunho são sempre as mais valiosas.
Uma moeda é considerada certificada quando são encapsuladas por grandes certificadores, como a Numismatic Garanty Company (NGC), e a Professional Coin Grading Service (PCGS). Para os especialistas, estas indicações seriam a certeza do real estado de conservação da peça, e também da integridade da mesma.