Os mais de 39 milhões de brasileiros que recebiam o Auxílio Emergencial até o ano passado não possuem vaga direta em nenhum outro programa social. Fontes de dentro do Governo Federal afirmam que esses cidadãos precisam se adequar ao que os novos projetos sociais exigem neste ano de 2022.
Em tese, isso quer dizer que na prática, as pessoas que estavam no Auxílio Emergencial até outubro do ano passado não possuem nenhum tipo de prioridade em novas entradas. Elas terão que se adaptar ao novo conjunto de normas para entrada em novos benefícios, sobretudo os que o Governo disponibiliza neste momento.
Atualmente, o Palácio do Planalto libera os pagamentos de dois programas sociais. Um deles é o Auxílio Brasil. De acordo com as regras deste projeto, a ideia é atender as pessoas que possuem cadastro no Cadúnico e que tenham uma renda per capita que varia entre R$ 0 e R$ 210, na maioria dos casos.
Ainda segundo o projeto, quem está em situação de extrema-pobreza pode receber o dinheiro automaticamente. Já quem se encontra em situação de pobreza precisa estar morando com uma gestante ou pelo menos um menor de idade para poder ter direito ao benefício. Essas são as regras gerais.
Não há, portanto, nenhuma norma dentro deste programa que aponte para a ideia de que os usuários do Auxílio Emergencial possuem algum nível de prioridade. Eles até podem entrar para este novo benefício, mas isso só pode acontecer se eles estiverem dentro dessas novas regras. De acordo com o Ministério da Cidadania, são essas as portas de entrada para o projeto.
No caso do vale-gás, as normas expressas no programa social são um pouco diferentes. Eles também exigem inscrição no Cadúnico. Nesta situação, a renda per capita que se exige é mais alta. É um limite de até meio salário mínimo, ou seja, R$ 606.
De todo modo, também no vale-gás nacional não há nenhuma indicação de pagamento preferencial para quem fez parte do antigo Auxílio Emergencial. Esses cidadãos precisam se encaixar nas novas regras.
É importante deixar claro que um usuário que fez parte do antigo programa pode fazer parte dos novos projetos sociais do Governo Federal. Porém, eles precisam atender as novas regras impostas pelo Ministério da Cidadania.
Dados do Governo Federal apontam que desde o ano de 2020, pouco menos de 70 milhões de brasileiros receberam pelo menos uma parcela do Auxílio Emergencial. O programa em questão fez seu último pagamento em outubro de 2021.
Para fazer parte do Auxílio Emergencial, as regras eram um pouco diferentes em comparação com as normas dos programas atuais. De acordo com o Ministério da Cidadania, não era preciso ter um cadastro no Cadúnico para poder receber a quantia, por exemplo.
O Governo Federal começou a pagar o Auxílio Emergencial ainda no início de 2020 com o objetivo de ajudar as pessoas que não conseguiam trabalhar devido ao processo de restrições de atividades na pandemia da Covid 19. Com o retorno da maioria dos serviços, o Planalto cancelou os repasses.