O QS World University Ranking 2021, divulgado na última quarta-feira (10), colocar a Universidade de São Paulo (USP) como a 115º melhor universidade do mundo, subindo uma posição em relação à edição anterior. A instituição atingiu a melhor avaliação dos últimos 17 anos.
Segundo matéria do G1, o Massachusetts Institute of Techology (MIT), nos Estados Unidos, aparece em primeiro lugar no ranking mundial de avaliação das instituições pelo 9ª ano seguido. Entre as 20 melhores, 10 são universidades americanas, 5 são do Reino Unido, 2 da Suíça, 2 da Singapura e 1 da China.
Os organizadores do QS Ranking afirmam que o ensino superior do Brasil está menos atraente para professores e estudantes internacionais. Foram analisadas 14 instituições brasileiras e todas tiveram pontuações menores nos indicadores de apelo internacional nesta edição.
Confira o ranking das 10 melhores universidades da América Latina:
1 | Universidade de Buenos Aires | Argentina |
2 | Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) | México |
3 | Universidade de São Paulo (USP) | Brasil |
4 | Pontificia Universidade Católica do Chile | Chile |
5 | Tecnológico de Monterrey (ITESM) | México |
6 | Universidade do Chile | Chile |
7 | Universidade de Los Andes | Colômbia |
8 | Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) | Brasil |
9 | Universidade Nacional da Colômbia | Colômbia |
10 | Pontifícia Universidade Católica Santa María de los Buenos Aires (UCA) | Argentina |
De acordo com os organizadores do ranking, a melhora da USP se deu devido ao desempenho em pesquisas. “A instituição subiu 38 posições no indicador de Citações por Faculdade, que mede o impacto dos trabalhos acadêmicos produzidos por professores de uma universidade”, aponta a QS.
Ben Sowter, diretor de pesquisa da QS, afirma que a citação em pesquisas é justamente um dos principais desafios encontrados pelas universidades brasileiras – instituições de países que não têm língua inglesa como língua materna tendem a ter um desempenho pior, devido à barreira do idioma.
“Tradicionalmente, um dos principais desafios enfrentados pelas universidades brasileiras é garantir que suas pesquisas tenham visibilidade e impacto globais. Portanto, é encorajador que quase metade das instituições classificadas no Brasil registre melhorias na área de pesquisa no último ano. No entanto, os melhores ecossistemas de pesquisa tendem a ser altamente internacionalizados. Portanto, é importante que as instituições brasileiras – com assistência dos decisores políticos – encontrem maneiras de reverter o declínio na internacionalização que estamos registrando” – Ben Sowter, diretor de pesquisa da QS, em nota ao G1.
Além da USP, outras instituições também tiveram bom desempenho. Se no QS Ranking 2020 a USP era a segunda melhor da América Latina, nesta edição ela aparece como a terceira melhor – perdendo posição para a Universidade Nacional Autônoma do México.
A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) também está entre as dez melhores da América Latina. Nesta edição, a Unicamp é a 8ª melhor do mundo. Mas, assim como a USP, ela perdeu posição – na edição anterior, a universidade estava em 5º lugar.
A líder mundial no ranking da QS é a MIT, nos EUA. Ela vem seguida por outras três instituições americanas: Stanford, Harvard e California Institute of Technology.
Além destas, o ranking com as 20 melhores conta com outras 6 universidades dos EUA, 5 do Reino Unido, 2 da Suíça, 2 da Singapura e 1 da China.
Nesta edição, a Universidade de Oxford caiu do 4º para o 5º lugar, mas continua sendo a melhor do Reino Unido e da Europa. A University of Cambridge, continua em 7º lugar.
Entre as 153 universidade americanas analisadas, 112 perderam posições e 34 tiveram melhora no desempenho. Segundo os organizadores, a queda se deve a um declínio coletivo nos indicadores de reputação acadêmica e citações por faculdade.
O ranking analisa as mil melhores universidades do mundo. Para chegar a esse número, o grupo analisou mais de 5,5 mil instituições e selecionou 1,6 mil antes de definir a lista final. Foram 18,5 milhões de pesquisas e artigos acadêmicos avaliados entre 2014 e 2018.
A QS utiliza seis indicadores para compilar o ranking: Reputação Acadêmica (baseado nas respostas de uma pesquisa feita com mais de 94.000 acadêmicos), Reputação Entre Empregadores, Citações por Faculdade, Proporção de Docentes por Aluno, Proporção de Docentes Internacionais e Proporção de Estudantes Internacionais. Informações do G1.