Os membros do Governo Federal admitem que há a possibilidade de não aprovarem o Renda Cidadã, novo programa social que está sendo estudado para substituir o Bolsa Família.
No momento, o governo aguarda formalizar o pedido após as eleições, no mês de dezembro, tendo como responsável pelo encaminhamento o senador Márcio Bittar (MDB-AC). Bittar é relator do Orçamento e da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) emergencial que elabora maneiras de um melhor uso do dinheiro público.
Inicialmente, o senador tinha objetivo de apresentar o relatório nesta semana. No entanto, o anúncio acabou sendo adiado para próxima semana. De acordo com auxiliares do governo, a proposta deve atrasar ainda mais, até porque o presidente Jair Bolsonaro se mostrou insatisfeito com a maneira que estava sendo feito o programa.
Mesmo aparentando vantagens, no primeiro momento, o novo Bolsa Família terá que ajustar alguns benefícios já existente para pagar o que promete, podendo gerar uma agenda negativa para o governo.
De acordo com os dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), ao menos 33 milhões de pessoas vão ficar sem nenhum tipo de renda a partir de janeiro de 2021. Isso vai acontecer porque o Auxílio Emergencial ficará em vigor até dezembro de 2020.
Inicialmente o governo do presidente Jair Bolsonaro trabalhou na possibilidade da criação do Renda Brasil. Mas esse plano não deu certo e nem chegou a virar uma proposta oficial. Logo depois, o presidente afirmou que o Bolsa Família seguiria até 2022. Mas parece que ele também mudou de ideia sobre isso.
Por fim, o ministro da economia disse que há um estudo para analisar a possibilidade de o programa Renda Cidadã englobar 27 programas sociais. Desta maneira, haveria um benefício mais robusto que permitiria um “pouso suave, local de aterrissagem para o auxílio emergencial”.
“Essa ação é transitória e temos de aterrissar esse auxílio em um programa social robusto, consistente e bem financiado. Como é uma despesa permanente, tem de ser financiado por uma receita permanente. Não pode ser financiado por um puxadinho, por um ajuste. Não é assim que se financia o Renda Brasil. É com receitas permanentes. Não estamos nos desviando dos nossos programas”, afirmou o ministro.
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