Nesta quarta-feira, 14 de outubro, a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação contra supostas fraudes no seguro-desemprego. As operações aconteceram no Nordeste (Alagoas, Pernambuco, Sergipe) e Sudeste (São Paulo).
Segundo informações policiais, a quadrilha atuava para realizar essas fraudes no programa desde 2016. Eles criavam empresas fantasmas e empreendedores individuais falsos para criar vínculos de trabalho que não existem na prática.
Até o momento, o valor exato do prejuízo das fraudes ainda é incerto, mas calcula-se que o prejuízo girou em torno dos 12 milhões de reais.
A Polícia Federal revelou que as investigações para esse caso começaram em janeiro de 2019, após o banco responsável pelos pagamentos, a Caixa Econômica Federal, enviar uma denúncia para a polícia. Nessas denúncias, eles afirmavam que existia uma suspeita de saques não muito comuns, sendo todos de uma mesma empresa.
Na operação desta quarta (14), os policiais realizaram a prisão de uma pessoa na cidade de Boca da Mata, em Alagoas. Além disso, a Justiça Federal ordenou o afastamento de outros 16 servidores públicos. Eles responderão por suspeita de participar do esquema.
Os investigadores da PF disseram que já conseguiram localizar pelo menos os principais diretores dessa quadrilha. Eles responderão por organização criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e estelionato.
A Polícia ainda afirmou que outras pessoas podem estar participando do esquema criminoso. Na operação deste domingo, que recebeu o nome de “operação seguro-mamata”, os agentes apreenderam quase 500 mil reais.
O seguro-desemprego é um benefício para pessoas que perdem o emprego. Mas a demissão precisa ser sem justa causa.