Pensando em formular mais ações diante das dificuldades enfrentadas neste momento de pandemia, a Unicamp está desenvolvendo uma pesquisa sobre as vivências e percepções da sua comunidade interna relativas a este momento. Os formulários já começaram a ser enviados, pela administração da Universidade, para os e-mails dos docentes, pesquisadores, alunos e funcionários. A pesquisa está sendo conduzida pela Coordenadoria Geral da Universidade (CGU) em parceria com o Centro de Estudos de Opinião Pública (Cesop).
“Seguindo a estratégia das melhores universidades, e buscando obter informações importantes sobre a percepção de todos os segmentos da Unicamp a respeito do impacto nas atividades da universidade produzidos pelo distanciamento social, estamos aplicando uma pesquisa de opinião nos três segmentos: docentes/pesquisadores, alunos e funcionários”, explica Teresa Dib Zambon Atvars, coordenadora-geral da Unicamp.
As percepções mapeadas, frisa Teresa, permitirão “que a administração implemente outras medidas para mitigar as enormes dificuldades que a pandemia está nos impondo enquanto pessoas e enquanto profissionais. Esperamos contar com a colaboração de todos nesta iniciativa”.
Os responsáveis pela pesquisa são Teresa Atvars e os docentes Milena Pavan Serafim, professora da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) e assessora na CGU, e professor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) Oswaldo Martins Estanislau do Amaral, diretor do Cesop.
A professora Milena salienta que o formulário contém perguntas fechadas, de múltipla escolha, e que é de fácil acesso. Ela também lembra que a estratégia de melhor conhecer o ambiente da universidade parte do projeto estratégico no âmbito do Observatório Institucional da Unicamp. “Nós criamos esse observatório com o intuito de ser um espaço de captação das percepções da comunidade universitária sobre as realidades e vivências dessa comunidade nos campi”.
A primeira pesquisa conduzida pelo Observatório será a das percepções relativas à Covid-19. “O objetivo é de identificar como a comunidade universitária está vivenciando o desenvolvimento de suas atividades de forma remota. Basicamente queremos saber como estão sendo desenvolvidas as atividades em tempos de Covid-19, que nos coloca a questão remota”, afirma. Milena. A docente também destaca que a intenção é conhecer a vivência a partir de três perspectivas: pessoas (condições e experiências); processos (desenvolvimento de atividades e transmissão e captação do conhecimento) e tecnologia (meios e plataformas que mediam essa vivencia e troca).
O professor Oswaldo do Amaral, salienta a importância de que haja um envolvimento significativo de todos os segmentos da Universidade. “Só vamos conseguir ter resultados que possam ser tratados de maneira científica, ou seja, de acordo com a metodologia adequada, se a gente tiver uma adesão significativa da comunidade”.
Para o docente, conhecer a comunidade acadêmica é importante em qualquer momento, mas torna-se ainda mais relevante nessa situação que interfere diretamente no funcionamento da Universidade. “A gente conseguir entender quais as dificuldades e necessidades específicas de cada área para nesse período de trabalho remoto é fundamental. Além disso é importante entender e ter informações sobre como as pessoas estão lidando com isso para que a gente saiba como anda a saúde mental das pessoas”, aponta.
A pesquisa conta com a colaboração da Dra. Monize Arquer, pesquisadora do Cesop, e do servidor Emerson José Ferri. Além disso, a validação do instrumento de pesquisa contou com a colaboração da pró-reitoria de Graduação (PRG), Grupo Gestor de Tecnologias Educacionais (GGTE) e Espaço de Apoio ao Ensino e Aprendizagem (EA2).