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Trojans e adware são os tipos de vírus mais disseminados no Brasil

A Avast, fornecedor de segurança e privacidade digital, compartilhou uma lista dos dez principais tipos de malware (vírus de computador) mais prevalentes no Brasil e no mundo. De acordo com dados coletados por soluções da empresa ao longo de 2021, a companhia afirma que os trojans dominaram o cenário de ameaças no Brasil, representando 26,86% das ameaças direcionadas a dispositivos Windows e macOS. Já o adware é o primeiro da lista (59,36%) das ameaças direcionadas para dispositivos Android.

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Além de trojans, os usuários brasileiros de desktop também encontraram: infectores de arquivo (22,04%), que copiam códigos maliciosos em arquivos para danificá-los ou se espalhar ainda mais pelo sistema; adware (13,14%), que envia spam para o usuário com anúncios indesejados e muitas vezes é capaz de roubar informações e rastrear o histórico de navegação; e worms (6,84%), um tipo de malware cuja função principal é se auto-replicar e infectar outros computadores, enquanto permanece ativo nos sistemas infectados. 

Globalmente, os trojans também foram o tipo de malware que os usuários de desktop mais encontraram no ano passado (28,9%), seguidos por infectores de arquivos (17,4%) – que é um malware que ataca os arquivos, com o objetivo de reescrever o seu código para danificá-los permanentemente ou se espalhar ainda mais dentro do sistema e da rede. O adware também está no pódio, com 12,7% dos ataques. 

Gráfico com as principais ameaças enfrentadas por usuários de desktop no Brasil.

Dispositivos móveis

Quanto aos dispositivos móveis, além do adware, responsável por 59,36% dos ataques, os trojans (26,70%) e os droppers (9,64%) – capazes de baixar malware adicional – estiveram entre as ameaças mais comuns para os usuários de Android no Brasil. Os dez principais tipos de malware para Android que os usuários móveis do Brasil encontraram em 2021 incluem também spyware, bankers, exploits, hacktools, trojans por SMS, aplicativos falsos e mineradores de moedas (coinminers), como se vê no gráfico abaixo: 

No mundo, as ameaças mais prevalentes em dispositivos Android são adware (49,5%), trojans (25,9%) e droppers (10,5%), que são programas maliciosos projetados para instalar um vírus no sistema de destino. Além disso, esses programas são muito difíceis de detectar. 

Conforme a empresa explica, os trojans em desktop e o adware para Android têm sido as ameaças mais comuns que os brasileiros encontram. Geralmente, elas se espalham por e-mail, sites de compartilhamento de arquivos ou software ilegal. A Avast afirma estar comprometida em melhorar seus recursos de detecção de ameaças para que as pessoas possam aproveitar melhor da Internet sem ter que se preocupar excessivamente com vírus de computador. 

Brasil no topo de países mais atacados por e-mails

A pesquisa da Avast vai de encontro com outro estudo do mercado de cibersegurança, o “Fast Facts” da Trend Micro. O relatório, que faz uma análise do panorama mundial de ameaças cibernéticas de janeiro de 2022, mostra que o Brasil é o quarto país no mundo com mais vírus disseminados por e-mail, com 4,1% das detecções do tipo. Os Estados Unidos (30%) permanecem na liderança, com a Rússia (6,2%) em segundo lugar. O Japão (6,1%) é o terceiro colocado e a China (3,4%) fecha o Top 5 da categoria.

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Ao todo, foram registrados pouco mais de 9 bilhões de ataques neste primeiro mês de 2022, sendo 5,77 bilhões realizados via e-mail (64% das ameaças detectadas). Em todo o ano de 2021, a Trend Micro bloqueou 94,2 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos, um aumento de 42% em relação a 2020. Deste total, quase 70 bilhões de ameaças ocorreram por e-mail.  

O Brasil também permaneceu, em janeiro, na liderança do ranking de países que mais enviam ameaças de extorsão e sextorsão (do termo em inglês, sextorsion), que é a chantagem sexual, tendo como base em endereços de IP únicos. 

Os Estados Unidos continuam sendo o principal alvo das extorsões. Curiosamente, a Venezuela assumiu o segundo lugar em janeiro. O Reino Unido e a Alemanha continuam no ranking dos cinco principais alvos, assim como o Japão. Em janeiro, um outro país da América Latina, a Argentina, figurou entre os 10 mais desta categoria.