Muitas pessoas têm moedas antigas guardadas em casa, mas são poucas as que compreendem a importância destes itens. Enquanto alguns brasileiros possuem uma relação mais forte com as peças, pois elas os fazem lembrar do passado, outros simplesmente guardaram os objetos e acabaram esquecendo que possuíam os exemplares.
Seja qual tiver sido a razão para possuir o item em casa, as pessoas que têm moedas antigas em casa podem ganhar uma boa grana com a sua venda. Isso porque os colecionadores estão buscando um item fabricado na década de 1990 e que ainda tem valor real no país, mas cuja aquisição se tornou praticamente impossível devido à sua antiguidade.
Em resumo, a busca por moedas raras vem crescendo nos últimos tempos no Brasil, e diversas pessoas estão fazendo desse universo uma fonte de renda extra. Contudo, vale destacar que os colecionadores não buscam apenas itens que possuem características raras, mas também exemplares comuns.
Na verdade, existem cinco principais características que atraem os colecionadores e os fazem pagar caro pelas moedas:
Como os colecionadores buscam itens raros e únicos, estes fatores chamam a atenção e os fazem gastar muito dinheiro. Por isso que exemplares comuns também podem ter uma grande valorização, basta que eles possuam alguma peculiaridade atraente para os numismatas.
A saber, o Banco Central faz os pedidos de fabricação do dinheiro à Casa da Moeda, conforme necessidade. A maioria absoluta dos itens não possui qualquer peculiaridade e acaba não se valorizando com o tempo. No entanto, algumas peças ganham notoriedade com o passar do tempo, seja por causa da sua antiguidade ou pela baixa quantidade de unidades fabricadas.
Foi justamente isso o que aconteceu com o modelo apresentado neste texto. Trata-se de uma moeda de 5 centavos fabricada em 1999, ou seja, há 25 anos. Em seu anverso, o item possui a efígie de Joaquim José da Silva Xavier (1746-1792), mais conhecido como Tiradentes.
Segundo o BC, Tiradentes foi “condenado à forca em decorrência de sua participação no movimento pela independência, denominado Inconfidência Mineira, [e] é hoje reverenciado como herói e patrono cívico da nação brasileira. Sua imagem está ladeada pelo dístico “Brasil” e por motivos alusivos à Inconfidência Mineira – o triângulo da bandeira dos inconfidentes, sobreposto por pássaro que representa a liberdade e a paz”.
Por sua vez, o reverso possui linhas diagonais de fundo, à esquerda, que destacam o número cinco, dístico que corresponde ao valor facial do modelo. Nesse lado, também estão presentes os dísticos “centavos” e o correspondente ao ano de cunhagem do modelo.
Cabe salientar que a Casa da Moeda fabricou apenas 11,26 milhões de unidades de 5 centavos em 1999, sendo esta a menor tiragem anual da 2ª família do real. A tiragem anual só ficou abaixo de 100 milhões em outras três ocasiões: 2000 (28,4 milhões), 2008 (28.7 milhões) e 2019 A (97,3 milhões). Isso mostra a dificuldade de aquisição de uma peça de 1999, fator que elevou significativamente o seu valor no país.
As moedas recebem algumas classificações quanto ao seu estado de conservação. O primeiro termo se chama flor de cunho (FC), que se refere aos exemplares que não circularam, ou seja, não apresentam qualquer sinal de desgaste ou manuseio. Em outras palavras, são exemplares que não possuem marcas e estão em perfeito estado de conservação.
Por sua vez, o estado de soberba (S) se refere às moedas que apresentam, aproximadamente, 90% dos detalhes da cunhagem original. Em síntese, os exemplares que tiveram uma pequena circulação se enquadram neste segmento.
Já a moeda muito bem conservada (MBC) se caracteriza por ter mais sinais de manuseio e uso. Os itens devem apresentar, aproximadamente, 70% dos detalhes da cunhagem original. Além disso, o seu nível de desgaste deve ser homogêneo, sem ter um local bem mais desgastado que outro.
De acordo com o Catálogo Ilustrado Moedas com Erros, a moeda de 5 centavos de 1999, sem erro de fabricação, pode valer entre R$ 30 e R$ 430, a depender do seu estado de conservação. Esses valores são bastante atraentes, até porque a peça representa o menor valor facial em circulação no país.
Vale destacar que os valores informados em catálogos de moedas são apenas uma base para os colecionadores e os vendedores. No entanto, os valores reais dependem da negociação entre as partes envolvidas. Logo, é possível vender as moedas por preços mais elevados que os informados em catálogo, caso o comprado acredite que vale a pena pagar mais caro.
Os interessados em vender seus exemplares podem conseguir isso através de diversas maneiras. Confira abaixo as principais formas de vender moedas raras para colecionadores.
Por fim, as pessoas devem aumentar o conhecimento no tema e ganhar experiência no mercado para conseguirem preços justos. Cabe salientar que os leilões oferecem um ambiente competitivo, aumentando as chances de venda das moedas a preços mais elevados.