O sofrimento de mulheres em idade fértil durante a TPM (Tensão Pré-Menstrual) pode ser bem intenso, porém, nada se compara com o TDPM, o Transtorno disfórico pré-menstrual, que pode atingir de 3% a 8% desse público.
O TDPM, também conhecida como “a TPM agravada”, causa inúmeras alterações na qualidade de vida da mulher, inclusive, a questão emocional é a mais afetada.
No TDPM os sintomas pré-menstruais são manifestados de forma muito mais acentuada, principalmente às alterações de humor e de comportamento social.
Assim como a TPM, o Transtorno disfórico pré-menstrual está relacionado com a variação hormonal que a mulher passa durante o período de ovulação, pois no primeiro momento há o aumento da produção de progesterona e logo após, acontece sua queda abrupta, aproximadamente dois dias antes do início da menstruação.
Seus sintomas costumam prolongar por até três semanas antes da menstruação, ou seja, a mulher passa quase todo ciclo com o TDPM.
Estudos recentes apontam que o transtorno pode estar ligado a uma vulnerabilidade genética. Visto que a pesquisa ainda está em fase inicial, não há perspectivas imediatas para desenvolver testes de diagnóstico ou terapias genéticas específicas.
Apesar disso, o diagnóstico pode ser feito por meio de uma investigação minuciosa para com a paciente, através de um médico ginecologista, que irá confirmar ou não a condição, assim como encaminhar para a abordagem mais adequada.
Os sintomas exacerbados da TDPM em relação à TPM não são as únicas diferenças entres as condições, visto que o TDPM pode levar a agravações emocionais muito mais sérias, necessitando até da internação psiquiátrica em alguns casos.
Isso porque o TDPM pode fazer surgir ou agravar ainda mais quadros psiquiátricos, como a ansiedade, depressão e até o transtorno bipolar.
Além disso, outros sintomas podem ajudar a identificar o transtorno tais como:
Vale destacar também, que o transtorno disfórico pré-menstrual pode ser desencadeado pela própria TPM, principalmente, quando a mulher sofre por um período de estresse intenso.
De acordo com o grau dos sintomas, o tratamento pode variar, diante disto é extremamente essencial buscar uma orientação médica, antes de qualquer atitude ou automedicação.
Entre as principais recomendações para lidar com o Transtorno disfórico pré-menstrual está o controle do estresse e adoção de hábitos saudáveis no dia a dia.
Mulheres que fazem atividade física regular e mantêm uma dieta equilibrada garantem conquistas favoráveis durante o tratamento do TDPM.
Outras terapias complementares, a fim de remediar os sintomas emocionais do TDPM são indicadas, tais como a meditação, acupuntura e ioga.
Já os casos mais graves pode haver a necessidade da introdução de contraceptivos hormonais para bloquear o ciclo ovariano natural, associado ao uso de antidepressivos em baixa dose.