A pandemia do novo coronavírus causou grandes impactos na educação e continuará causando nos próximos anos, depois de um longo período dos estudantes fora das unidades escolares.
Além disso, a evidente desigualdade social no Brasil demonstra o grande desafio do ensino à distância no país.
Para Olavo Nogueira Filho, diretor executivo do Todos Pela Educação: “Os efeitos são de múltiplas naturezas, então não são apenas do ponto de vista educacional, de aprendizagem, propriamente dita. A gente está falando de efeitos emocionais, de efeitos sociais, em algumas ações, de efeitos físicos”.
“A gente já sabe que são impactos que terão repercussão duradoura e a gente também já sabe que são efeitos que incidem de maneira mais forte nas populações mais vulneráveis, nos estudantes mais pobres. Isso significa que precisamos de uma ação mais vigorosa, mais contundente, em um curtíssimo prazo, e também um olhar de médio e longo prazo para enfrentar o desafio que foi posto”, completou.
No mês de agosto de 2021, os alunos voltaram às aulas presenciais em todo o Estado de São Paulo, tanto na rede particular como nas escolas públicas.
A saber, estão sendo mantidas as medidas de distanciamento nas salas, todavia, os pais e responsáveis têm a possibilidade de manter os estudos das crianças e jovens de maneira online.
Olavo Nogueira Filho também analisa a recuperação didática possível ainda em 2021.
“É fundamental a gente entender que uma resposta à altura deste cenário que se impôs só pode ser dada nas aulas presenciais. O ensino remoto tem um papel emergencial, mas não pode ser entendido como um substituto à aula presencial, muito menos em um país como o Brasil, no qual o alcance do ensino remoto foi um tanto limitado”.
“O que a gente tem que trabalhar, o que a gente tem que buscar criar condições o mais rápido possível, é para o retorno às aulas presenciais, ainda de maneira gradual, mas com segurança e com uma resposta efetiva”, afirmou.
As redes municipal e estadual de São Paulo programam reforços para reduzir o déficit educacional promovido no período da pandemia.
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) pretende retornar presencialmente todos os estudantes a partir do mês de setembro.
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