Rodrigo Pacheco, candidato do DEM para a presidência do Senado, defende que o auxílio emergencial seja implementado mais uma vez. Para ele, deve ser dado cuidado especial ao teto de gastos no momento da discussão da extensão do programa. Para ele, entretanto, o Congresso Nacional não pode deixar de levar em conta “a excepcionalidade do momento”.
O senador afirmou que sua intenção é buscar a equipe econômica do governo na primeira semana do mês que vem. Para ele, o desafio é “compatibilizar” a necessidade dos brasileiros mais pobres terem uma renda de assistência com a rigidez fiscal.
“Vivemos um momento de pandemia, de excepcionalidade, de gravidade. A situação não melhorou, muito pelo contrário, se manteve estável num momento muito ruim da vida nacional porque a pandemia não deixou de existir. Os problemas que tivemos em 2020 continuamos a tê-los em 2021, especialmente em relação a pessoas atingidas pela desocupação, desemprego e vulnerabilidade social. É preciso encontrar um caminho para se socorrer essa camada social muito atingida pela economia. Obviamente que temos que observar ajuste fiscal, teto de gastos públicos, não gastar o que se tem, mas por outro lado há um estado de necessidade muito grave de pessoas que precisam de amparo do Estado e é esse o maior desafio que já temos no começo de fevereiro”, explicou.
Pacheco afirmou que seu objetivo é dialogar de forma rápida com o Ministério da Economia, coordenado por Paulo Guedes, e o governo federal para encontrar um caminho de compatibilizar o auxílio emergencial ou um Bolsa Família mais incrementado com o orçamento disponível.
“Teto de gastos é importante ser observado, o ajuste fiscal é importante de existir. No entanto, há uma excepcionalidade do momento em que não se pode deixar aquelas pessoas realmente vulnerabilizadas, num estágio de necessidade de não terem o que comer, o Estado tem que ampará-las. Esse é o maior desafio, de buscar compatibilizar essa observância de rigidez fiscal com a necessidade dessa assistência às pessoas”, explicou ele.
Mesmo defendendo o retorno do auxílio emergencial, o candidato à presidência do Senado afirmou que será difícil manter o pagamento a R$ 600, como ocorreu nas cinco primeiras parcelas do programa.