A pandemia do novo coronavírus criou dilemas na economia brasileira, ao gerar uma crise econômica. De acordo com a revista Veja, parte do governo acredita que o investimento público é a chave para gerar empregos e fomentar a atividade econômica.
Entretanto, parte da equipe de Paulo Guedes, ministro da Economia, defende a manutenção da responsabilidade com as contas. Walter Braga Netto, ministro da Casa Civil, e Rogério Marinho, do Ministério do Desenvolvimento Regional, fazem pressão para que os limites de gastos sejam revistos, Essa revisão tem como objetivo abrir os cofres públicos para obras de infraestrutura para criar empregos.
Já Guedes tem como foco atrair recursos pela iniciativa privada para grandes projetos de reconstrução da economia nacional. O auxílio emergencial também é posto em foco. Ao mesmo tempo em que ajudou a aumentar a popularidade do presidente nas regiões Norte e Nordeste, o benefício, de acordo com Guedes, é impagável no molde atual.
O Congresso discute os gastos do ano que vem, agora com a ideia da prorrogação do Orçamento de Guerra para 2021. O senador Irajá Abreu (PSD-TO), relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), admitiu que a prorrogação do auxílio está sendo discutida, bem como valor, novo formato e número de beneficiários.
Atualmente, há discussão de brechas na LDO para que o estado de calamidade pública seja prorrogado. Mas a Câmara dos Deputados afirma que não há “brecha” para que isso aconteça. Rodrigo Maia, presidente da Câmara, defende o teto de gastos e medidas que vislumbram a responsabilidade fiscal.
E parlamentares e membros do governo defendem a flexibilização do teto de gastos para criar medidas que ajudem nas dificuldades durante a pandemia. De acordo com a Veja, Bolsonaro tem se mostrado “encantado” com o vislumbre de ganho político do “orçamento ilimitado”, com a possibilidade de romper o teto.