Direitos do Trabalhador

‘Tenho pena? Tenho pena’, diz Bolsonaro sobre quem não está recebendo auxílio

Atualmente, o governo negocia o retorno do auxílio emergencial por mais três ou quatro meses, com parcelas de R$ 200

Na última sexta-feira (12), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reclamou sobre a cobrança que sofre para o retorno do auxílio emergencial. De acordo com ele, a população brasileira também deveria cobrar os governadores. Bolsonaro já admitiu que pode acontecer um retorno do auxílio, em versão menor e para menos pessoas.

“Nós botamos (o auxílio) por cinco meses de 600 reais e quatro de 300 reais. E quando termina, dão porrada em mim. Cobra de quem te determinou ficar em casa, fechou o comércio e acabou com seu emprego. Cobre dos governadores, os governadores podem dar auxílio para vocês, eles podem se endividar também, porque o governo (federal) está se endividando”, afirmou Bolsonaro ontem. O presidente também afirmou que tem pena de quem está sofrendo sem auxílio. “Lamento? Lamento. Tenho pena? Tenho pena. Mas se nos desajustarmos fiscalmente vem a inflação galopante”, afirmou.

De acordo com Bolsonaro, “os problemas estão se avolumando” e os brasileiros estão perdendo poder aquisitivo. Ele citou a inflação dos artigos básicos estar subindo e colocou a culpa na política de fechamento do comércio e medidas de distanciamento social que foram adotadas pelos estados brasileiros durante a pandemia do novo coronavírus.

“Quando eu criticava o ‘fique em casa’, era ‘ah, ele é insensível’. Está aí ó o resultado. A bolsa, o dólar não reagem como a gente pensa”, disse o presidente.

Atualmente, o governo negocia o retorno do auxílio emergencial por mais três ou quatro meses, com parcelas menores, possivelmente de R$ 200 a cada mês e para um público menor.