De acordo com as Estatísticas Monetárias e de Crédito, divulgadas nesta segunda-feira (27) pelo Banco Central do Brasil, a taxa média de juros no crédito livre apresentou uma alta de 8,2 pontos percentuais nos últimos 12 meses. Já no mês, a autarquia informa que a alta foi de 1,8 ponto percentual.
Ao analisar as novas contratações para empresas, as estatísticas indicam que a taxa média do crédito chegou a 25,3% ao ano, ou seja, uma alta de 2,2 pontos percentuais no mês e 4 pontos percentuais em 12 meses. Enquanto nas contratações com famílias, a taxa média de juros chegou a 56,6% ao ano, um aumento de 1,2 ponto percentual no mês.
Segundo informações disponibilizadas pelo Banco Central, a inadimplência na carteira de crédito do Sistema Financeiro Nacional atingiu 3,2% em janeiro de 2023, uma alta mensal de 0,2 p.p. Já na comparação interanual houve uma alta de 0,7 pontos percentuais.
No caso das pessoas físicas, o destaque das Estatísticas Monetárias e de Crédito foi o cartão de crédito, onde houve uma alta de 2 pontos percentuais no mês e 27,3 pontos percentuais em 12 meses. Já no crédito rotativo, houve uma alta de 65,2 pontos percentuais em 12 meses.
A taxa no crédito consignado apresentou uma variação de 0,2 ponto percentual no mês e 3,6 pontos percentuais em 12 meses. Enquanto no crédito pessoal não consignado houve uma alta de 2,4 pontos percentuais em janeiro e 4,5 pontos percentuais em 12 meses, ou seja, 84,3% ao ano. Por fim, o cheque especial apresentou uma variação negativa de 0,1 ponto percentual no mês e uma alta de 6,3 pontos percentuais em 12 meses.
No mês de janeiro os juros se mantiveram em alta, portanto, todos os empréstimos concedidos pelos bancos que fazem parte do Sistema Financeiro Nacional (SFN) ficou em R$ 5,317 trilhões, informou o Banco Central. Sendo assim, houve variação negativa de 0,3% em relação a dezembro de 2022.
Ao fazer uma comparação interanual, os dados divulgados pelo Banco Central indicam que o crédito total apresentou um crescimento de 13,6% em janeiro, no entanto, houve uma desaceleração em comparação aos 14% de 2022. Além disso, o crédito disponibilizado para empresas desacelerou para 7,9% e o saldo liberado para famílias cresceu 17,8% em doze meses.
Já o crédito ampliado ao setor financeiro, ou seja, os empréstimos concedidos independentemente da fonte chegou a R$ 14,646 trilhões, o que indica uma redução de 1,3% no mês. Para a autarquia, a redução se deve principalmente pela redução dos títulos da dívida pública que apresentaram uma queda de 3,3%. As estatísticas ainda revelam que na comparação interanual, o crédito ampliado teve uma alta de 8,2%. Mais informações sobre as Estatísticas Monetárias e de Crédito podem ser obtidas no site do Banco Central.