Economia

Taxa de desemprego no Brasil cai para 7,5%, MENOR nível desde 2014

A taxa de desocupação caiu para 7,5% no trimestre móvel de setembro a novembro deste ano. O mercado de trabalho brasileiro continua apresentando uma recuperação firme em 2023, refletindo o bom momento do governo Lula.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa é a menor taxa de desemprego desde o trimestre móvel encerrado em novembro de 2014, quando a desocupação ficou em 6,6%, ou seja, em nove anos.

É a terceira queda consecutiva da taxa de desocupação e, no trimestre encerrado em novembro, essa retração segue o movimento do mesmo período nos anos anteriores, quando, de modo geral, há redução nesse indicador. Nesse trimestre, a queda é explicada pela expansão no número de pessoas ocupadas“, explicou a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy.

População desocupada cai para menor nível desde 2015

A taxa de desocupação caiu 0,2 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre móvel anterior (7,8%). Já na comparação com o trimestre encerrado em novembro de 2022 (8,1%), a taxa teve uma queda ainda maior, de 0,5 p.p. Estes resultados refletem a melhora do mercado de trabalho brasileiro.

Vale destacar que a população desocupada totalizou 8,2 milhões de pessoas no trimestre móvel de setembro a novembro deste ano. Isso representa uma queda de 6,2% em relação ao trimestre anterior (menos 539 mil pessoas). Aliás, esse é o menor contingente desde o trimestre móvel encerrado em abril de 2015 (8,15 milhões).

As fortes quedas estão reduzindo a quantidade de pessoas sem um trabalho no país. No entanto, os números ainda estão elevados, ao menos para uma grande economia como o Brasil. Por isso que o governo espera a continuidade de dados positivos em 2024.

População ocupada do Brasil bate recorde

A PNAD Contínua revelou outros dados referentes ao mercado de trabalho brasileiro. A saber, a população ocupada somou 100,5 milhões entre setembro e novembro, número 0,9% maior que o do trimestre móvel anterior (mais 853 mil pessoas). O número da população ocupada atingiu o recorde da série histórica, iniciada em 2012, e superou pela segunda vez a marca de 100 milhões.

Na comparação com o trimestre encerrado em novembro de 2022, houve um crescimento de 0,8% da população ocupada (mais 815 mil pessoas). Em resumo, o crescimento mais intenso na base trimestral refletiu os números mais fracos nos primeiros meses do governo Lula, em comparação aos últimos meses do ano passado.

A PNAD ainda mostrou que o nível de ocupação ficou estimado em 57,4%, alta de 0,4 p.p. na comparação com o trimestre móvel anterior (57,0%). Já na base anual, o indicador se manteve estável. A propósito, nível de ocupação se refere ao percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar.

População ocupada no Brasil bate recorde no trimestre encerrado em novembro. Imagem: Agência Brasil.

Desalentados somam 3,4 milhões no Brasil

O levantamento do IBGE ainda revelou que a população desalentada no Brasil somou 3,4 milhões no período. Esse número caiu 5,5% em relação ao trimestre anterior (menos 196 mil pessoas) e teve forte queda de 16,9% em um ano (menos 687 mil pessoas).

O IBGE explica que a população desalentada é formada por pessoas que estavam fora da força de trabalho do país devido a alguma das seguintes razões:

  • Não conseguia trabalho;
  • Não tinha experiência profissional;
  • Era muito jovem ou muito idoso;
  • Não encontrou trabalho na localidade onde mora;
  • Não teria condições de assumir a vaga caso conseguisse o trabalho.

Em outras palavras, os desalentados do país formam a parte da força de trabalho potencial. Isso quer dizer que eles poderiam trabalhar, mas não o fizeram devido a circunstâncias específicas.

Os dados também mostraram que o percentual de desalentados na força de trabalho atingiu 3,0% entre setembro e novembro de 2023. O nível caiu tanto na base trimestral (-0,2 p.p.), quanto na anual (-0,6 p.p.).

Saiba mais sobre a PNAD Contínua

De acordo com o IBGE, a PNAD Contínua acompanha as variações trimestrais e a evolução da força de trabalho no Brasil. Isso acontece em médio e longo prazo através de coleta, em âmbito nacional, de informações necessárias para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do país.

Em síntese, a implantação da PNAD Contínua aconteceu em outubro de 2011, alcançando o caráter definitivo em janeiro de 2012. A PNAD também divulga informações mensais e anuais, além das trimestrais, sobre força de trabalho no país, desemprego, entre outros pontos.

Os analistas do mercado ficam atentos a esses dados para traçarem possíveis resultados futuros relacionados ao mercado de trabalho brasileiro.