Covid-19: Vacina de Oxford/AstraZeneca será testada em crianças no Brasil

Nesta terça-feira (30), a presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, disse que um pedido para testar a vacina de Oxford/AstraZeneca contra Covid-19 em crianças será encaminhado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O imunizante de responsabilidade da Fiocruz no Brasil tem autorização da Anvisa para ser usado em pessoas maiores de 18 anos. Até hoje, nenhuma vacina contra Covid-19 foi testada em crianças no país.

“Nesse momento deve ter início, deve-se entrar com protocolo para pesquisa no Brasil da vacina que nós estamos produzindo na Fiocruz a partir do acordo com a AstraZeneca, para uso pediátrico. Então, espero que em breve nós tenhamos a aprovação desse estudo”, disse a presidente da Fiocruz em evento online sobre a Covid-19 com a presença também de autoridades da Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Acho que tem que ser de fato um dos focos de atenção ter (a vacina) aprovada para uso pediátrico e em adolescentes também”, acrescentou Nísia, que também falou sobre a importância de testar o imunizante em gestantes — grupo ainda fora da campanha de vacinação contra Covid-19.

Vacina de Oxford/AstraZeneca já é testada em crianças

A Universidade de Oxford, desenvolvedora da vacina em parceria com a AstraZeneca, informou no mês passado que um estudo para avaliar a segurança da vacina de Oxford/AstraZeneca em crianças de 6 a 17 anos havia sido lançado.

“Embora a maioria das crianças não seja relativamente afetada pelo coronavírus e seja improvável que adoeça com a infecção, é importante estabelecer a segurança e a resposta imunológica à vacina em crianças e jovens, pois algumas crianças podem se beneficiar da vacinação”, afirmou Andrew Pollard, professor de infecção pediátrica e imunidade e investigador principal do ensaio da vacina Oxford/AstraZeneca.

“Esses novos testes ampliarão nossa compreensão do controle do SARS-CoV2 para grupos de idades mais jovens”, completou.

O estudo para avaliar a segurança da vacina de Oxford/AstraZeneca é financiado pelo Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde do Reino Unido e pela AstraZeneca.

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