“Não vamos sair comprando vacina, mas podemos agilizar”, diz Luiza Trajano sobre o Unidos pela Vacina

No lançamento Unidos pela Vacina, a presidente do Conselho do Magazine Luiza, Luiza Trajano, disse que o movimento não “vai sair comprando vacina” contra Covid-19, mas pode agilizar a chegada dos imunizantes ao Brasil.

Como o governo federal já liberou R$20 bilhões para a compra de imunizantes, Luiza observa que “o governo não precisa de dinheiro para comprar vacinas, se a necessidade fosse dinheiro seria mais fácil”.

“A gente não vai sair comprando vacina, é muito importante falar isso. Mas nós podemos agilizar; e a gente se colocou à disposição para ver onde podemos, com toda influência que nossas empresas têm no mundo inteiro, ajudar para a vacina a chegar”, afirmou Luiza Trajano em coletiva de imprensa nesta terça (09).

A atuação do movimento se dará, por exemplo, no transporte de vacinas contra Covid-19 e na viabilização da compra de insumos para vacinação, como agulhas e seringas. O grupo já reúne cerca de 400 nomes ligados a empresas e entidades da sociedade civil, como Paulo Kakinoff, da Gol, que atua na parte de logística do Unidos pela Vacina, e Walter Schalka, da Suzano, na parte de interlocução na área de vacinas.

O Unidos pela Vacina não tem ligação com o grupo de empresários que anunciou o interesse em comprar vacinas contra Covid-19 para imunizar os próprios funcionários. Segundo Luiza Trajano, os tais empresários “tinham a melhor das boas intenções” e, inclusive, recebeu membros do grupo no Unidos pela Vacina. “É que nós já sabíamos desde o início que não era possível (comprar vacinas) e depois vimos que dinheiro não era o problema para o Governo”, disse ela.

Unidos pela Vacina negocia com farmacêuticas e prepara campanha

De acordo com Luzia Trajano, representantes do grupo têm feito reuniões com fabricantes de vacinas contra Covid-19 para facilitar acordos e garantir doses dos imunizantes para o Plano Nacional de Imunização do governo federal. Um dos encontros foi com os responsáveis pela vacina Sputnik V, do instituto russo Gamaleya.

“Conseguimos ver os gargalos e tentar agilizar pontes entre governo, burocracia e tentar destravar. Ontem a gente escutou para ver onde estavam os problemas e depois a gente passa para o governo. Mas ele (o responsável pela Sputnik) disse que está recebendo muito apoio da área da Saúde”, disse a executiva.

Um dos braços do Unidos pela Vacina é o da comunicação, que no final da semana lançará uma campanha de conscientização sobre a importância da vacinação contra a Covid-19. Eduardo Sirotsky Melzer, fundador da EB Capital e integrante do movimento liderado por Luiza Trajano, adiantou que a campanha é robusta e abrangerá diversos segmentos da mídia, como rádio e TV.

“Precisamos unir a sociedade para convencer sobre a importância da vacina”, disse Eduardo.

O Unidos pela Vacina está em contato constante com o governo federal e com especialistas, como Dimas Covas, do Instituto Butantan, e Margareth Dalcomo, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), e reconhece a importância do SUS (Sistema Único de Saúde), que deve ser fortalecido, de acordo com Luiza Trajano.

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