Economia

SURPRESA TOTAL: veja a capital com a cesta básica mais cara do Brasil em julho

A cesta básica ficou mais barata na maioria dos locais pesquisados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em julho. Os brasileiros conseguiram gastar menos para comprar alimentos em boa parte do país.

Contudo, isso não aconteceu em quatro locais, cujos preços subiram no mês passado. Dentre estas capitais, uma delas apresentou a cesta básica mais cara do país em julho, pesando significativamente no bolso dos consumidores.

Veja qual capital teve a cesta básica mais cara

No mês passado, as únicas capitais que registraram aumento dos preços em julho foram: Porto Alegre (0,47%), Fortaleza (0,05%), Brasília (0,04%) e Salvador (0,03%). A maior alta nominal foi registrada na capital gaúcha (R$ 3,60), enquanto os outros avanços oscilaram entre 20 e 36 centavos.

Com a alta de julho, a cesta básica de Porto Alegre se tornou a mais cara do Brasil, ultrapassando a de São Paulo, que vinha liderando o ranking nacional nos últimos meses. Aliás, o valor da cesta na capital paulista caiu 1,67% no mês passado (ou R$ 13,10), fazendo-a cair para a segunda posição na lista.

Maiores valores do país

Veja abaixo as cestas básicas mais caras do país em julho:

  1. Porto Alegre – R$ 777,16;
  2. São Paulo – R$ 769,95;
  3. Florianópolis – R$ 746,66;
  4. Rio de Janeiro: R$ 738,12.

Cabe salientar que a última vez que a capital gaúcha havia tido a cesta básica mais cara do país foi no final de 2022. Durante todo o primeiro semestre deste ano, Porto Alegre ficou na segunda posição, atrás de São Paulo, mas isso mudou neste mês de julho.

Além disso, vale destacar que estes foram os únicos locais cujos preços superaram a marca de R$ 700. Em todas as demais capitais, os valores ficaram abaixo dessa faixa.

Cestas mais baratas vêm do Nordeste

De acordo com o Dieese, a composição da cesta básica no Nordeste é diferente dos demais locais. Por isso, os menores valores do país em julho foram registrados em capitais nordestinas. Confira os menores valores do país:

  • Aracaju – R$ 547,22;
  • João Pessoa – R$ 581,31;
  • Recife – R$ 592,71;
  • Salvador – R$ 596,04.

Em resumo, Aracaju teve a cesta básica mais barata do país em todos os meses de 2023. Isso quer dizer que os moradores da capital sergipana tiveram que gastar bem menos que os consumidores do Sul do país para adquirirem alimentos básicos neste ano.

Cestas básicas do Nordeste são as mais baratas do Brasil. (Imagem: Shutterstock).

São Paulo x Porto Alegre

Embora São Paulo tenha caído para a segunda posição, a capital possui importância fundamental, pois figura como a cidade mais populosa do país, com mais de 12 milhões de habitantes.

Em julho, os moradores de São Paulo tiveram que trabalhar 128 horas e 20 minutos para comprarem uma cesta básica. O tempo foi superior à média nacional (111 horas e 8 minutos), ficando atrás apenas do tempo de trabalho de Porto Alegre (129 horas e 32 minutos).

No acumulado de 2023, a cesta de São Paulo ficou 2,70% mais barata, aliviando um pouco o bolso dos consumidores. Por outro lado, os moradores de Porto Alegre precisaram gastar 1,51% a mais para adquirirem alimentos básicos neste ano. Isso também explica a primeira posição da capital gaúcha, ultrapassando a capital paulista.

Produtos ficam mais baratos em São Paulo

O Dieese revelou que 11 dos 13 produtos pesquisados ficaram mais baratos em São Paulo no mês passado. Veja abaixo quais tiveram queda em seus valores:

  • Feijão carioquinha: -9,81%;
  • Batata: -5,95%;
  • Óleo de Soja: -5,33%;
  • Tomate: -3,21%;
  • Farinha de trigo: -3,19%;
  • Café em pó: -2,62%;
  • Arroz agulhinha: -2,00%;
  • Leite Integral: -1,87%;
  • Carne bovina de primeira: -1,32%;
  • Açúcar refinado: -0,47%;
  • Pão francês: -0,06%.

O feijão carioquinha teve uma forte queda não só em São Paulo, mas os preços do grão caíram em todas as capitais pesquisadas. Isso aconteceu devido à baixa demanda do grão, consequência da normalização da oferta graças à 3ª safra, que derrubou os preços do feijão em julho.

Também vale destacar a variação da batata, que ficou mais cara em quase todos os locais pesquisados. A única exceção foi Porto Alegre, onde o preço do tubérculo subiu 3,59%, ajudando a impulsionar o valor da cesta básica no local. Em síntese, a batata ficou mais barata na maioria dos locais devido ao aumento da oferta por causa da colheita da safra de inverno.

Por fim, o Dieese revelou que o preço da manteiga não variou em São Paulo em julho. Assim, o único alimento que ficou mais caro na capital paulista foi a banana, com o preço subindo 2,81% em relação a junho.