As notícias mais recentes sobre combustíveis vêm preocupando os brasileiros e acendendo o sinal de alerta na população. Nesta semana, o Brasil voltou a cobrar impostos federais que incidem sobre a gasolina e o etanol, e a expectativa é que os preços aumentem nos postos do país.
Embora os motoristas busquem mais informações sobre os combustíveis, o encarecimento deste itens não afeta apenas os brasileiros que possuem veículo. Na verdade, o aumento dos preços dos combustíveis impacta diversos setores econômicos do país.
Em resumo, as pessoas que utilizam transporte público podem ter que pagar mais caro pelo serviço. Como os veículos utilizam combustíveis para se locomoverem, as empresas do setor tendem a aumentar as tarifas para cobrir os gastos extras com a gasolina, que está mais cara no país.
Na agricultura, acontece a mesma coisa. A maioria dos veículos agrícolas também utiliza combustíveis fósseis, como a gasolina, para operar. Dessa forma, o aumento do preço dos combustíveis pode elevar os custos de produção dos agricultores, resultando na alta dos preços dos alimentos, que afeta toda a população.
Além disso, muitas empresas da indústria dependem de transporte rodoviário para movimentar seus produtos. Assim, o encarecimento dos combustíveis também poderá aumentar os custos com transporte, impulsionando os valores finais dos produtos, pagos pelos consumidores do país.
Por falar nisso, a logística também será impactada pela gasolina mais cara. Em suma, o aumento do preço dos combustíveis pode elevar o custo de transporte de mercadorias, encarecendo o preço de diversos produtos para os brasileiros.
Tudo isso mostra que os combustíveis exercem um forte impacto na inflação do Brasil. Quanto mais caros estiverem os combustíveis, mais alta tende a ficar a taxa inflacionária, uma vez que estes itens influenciam vários outros produtos e serviços que os utilizam direta ou indiretamente.
As próximas semanas poderão ser bastante difíceis para os brasileiros. Como os combustíveis afetam várias atividades econômicas, desde o transporte de insumos até a produção de máquinas industriais, a população deve preparar o bolso no país.
Vale destacar que o frete final também tende a subir para o consumidor final. Isso quer dizer que algumas atividades que teoricamente não precisam dos combustíveis acabam elevando os preços dos seus produtos e serviços, como vestuário e alimentação, devido ao frete mais caro.
Para entender a importância dos combustíveis na economia brasileira, basta lembrar da greve de caminhoneiros em 2018. À época, os trabalhadores cruzaram os braços devido aos altos preços dos combustíveis, paralisando a economia do país.
Isso gerou diversos impactos para a população, como:
Em 2023, não há expectativa de greve dos caminhoneiros, como ocorreu em 2018. Em síntese, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro pagou cinco parcelas do auxílio caminhoneiro a milhares de trabalhadores autônomos no ano passado.
O objetivo era mitigar os impactos dos combustíveis, que estavam muito elevados no Brasil. Aliás, à época, havia muita preocupação em relação a uma nova paralisação dos caminhoneiros, algo que não aconteceu.
Nas últimas semanas, o governo federal se reuniu algumas vezes para decidir se a cobrança dos impostos sobre os combustíveis voltaria ou não. Por um lado, a equipe econômica defendia a retomada da cobrança do PIS/Cofins sobre os combustíveis para aumentar a arrecadação pública.
Em suma, o déficit fiscal projetado para 2023 é de R$ 231,5 bilhões. De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esse rombo nas contas públicas poderá cair para R$ 100 bilhões caso o governo aumente a arrecadação federal de impostos, como a do PIS/Cofins sobre os combustíveis.
No entanto, a ala política teme um desgaste da imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o encarecimento dos combustíveis. A preocupação é que os brasileiros culpem o presidente por esse aumento.
Além disso, há também um temor sobre o aumento da inflação, que eleva o custo de vida da população. Em resumo, os combustíveis impactam fortemente a taxa inflacionária no país. Com a volta dos impostos, a inflação poderá subir mais que o esperado, estourando a meta pelo terceiro ano consecutivo.