O Brasil, um país conhecido por sua vasta riqueza natural e agrícola, abriga uma população humana de mais de 203 milhões de habitantes. No entanto, o que pode surpreender muitos é que essa cifra é significativamente superada pela quantidade de animais criados em fazendas para atender tanto à demanda interna como à de outros países. De acordo com a Pesquisa da Pecuária Municipal mais recente, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país possui cerca de 1,9 bilhão de animais, compreendendo uma variedade impressionante de bois, vacas, galinhas, frangos e outros rebanhos.
O rebanho bilionário brasileiro é composto principalmente por bois, vacas, galinhas e frangos, totalizando aproximadamente 1,8 bilhão de cabeças. Essa quantidade é cerca de nove vezes maior do que a população humana do país e supera a população de qualquer outro país do mundo. Além desses animais, o Brasil também mantém rebanhos substanciais de suínos, ovelhas, codornas e cabras, que são numericamente maiores do que a população de todos os municípios brasileiros.
Em algumas cidades do país, como São Paulo, a pecuária também está presente. Embora a cidade de São Paulo seja a mais populosa do país, com 11,4 milhões de habitantes, ela possui mais residentes do que apenas os rebanhos de búfalos e cavalos. Esses números impressionantes mostram a magnitude da criação de gado e galinhas no Brasil e a importância do setor para a economia e a alimentação do país.
Os rebanhos de gado e galinhas no Brasil têm um impacto significativo na produção de alimentos e produtos derivados. A carne bovina, por exemplo, é proveniente do gado e é consumida em grande quantidade no país. Além disso, diversos produtos são derivados do gado, como biodiesel, fertilizantes, produtos de higiene e até mesmo gelatinas. A diversidade de produtos obtidos a partir desses animais é surpreendente.
As galinhas também desempenham um papel fundamental na produção de alimentos. Além da carne de frango, que é amplamente consumida no Brasil e exportada para outros países, partes do frango, como o pé de galinha, são consumidas em outros lugares do mundo, como na China.
Além dos animais mais comuns, como bovinos, galinhas e frangos, existem outros animais criados em fazendas que podem surpreender muitas pessoas. Peixes e abelhas são exemplos de animais criados em grande quantidade no Brasil, mas é difícil calcular exatamente quantos existem. Além disso, animais menos comuns, como rãs e jacarés, também são criados em menor escala.
Embora a criação de gado e galinhas seja uma atividade econômica importante para o Brasil, é fundamental considerar seu impacto ambiental. A pecuária é reconhecida como uma das principais causadoras do aquecimento global. Segundo o Observatório do Clima, em 2021, a produção e distribuição de alimentos foram responsáveis por uma parcela significativa das emissões de gases poluentes no Brasil, totalizando 73,7% do total.
Dentro desse conjunto de emissões, a cadeia de carne bovina foi responsável por 57,2% do total. O desmatamento para a criação de pastagens para o gado é uma das principais fontes de emissão de dióxido de carbono (CO2). Além disso, a agropecuária como um todo contribui para as emissões de gases, principalmente devido ao famoso “arroto do boi” e ao manejo dos dejetos, que liberam gás metano.
O Brasil é um país com uma população impressionante de gado e galinhas, superando em muito sua população humana. Esses animais desempenham um papel fundamental na produção de alimentos e na economia do país. No entanto, é importante considerar o impacto ambiental da pecuária e buscar práticas mais sustentáveis para reduzir as emissões de gases e preservar a natureza.
A criação de gado e galinhas no Brasil é um tema complexo e multifacetado, que exige um equilíbrio entre a demanda por alimentos e a preservação do meio ambiente. É essencial que os produtores, governos e consumidores trabalhem juntos para encontrar soluções que garantam a sustentabilidade do setor e a proteção do nosso planeta.