O gás de cozinha figura como uma das principais despesas de milhares de famílias do país. O preço do botijão de 13 quilos costuma pesar de maneira intensa na renda dos brasileiros, que não têm muito o que fazer para economizar o gás e fazê-lo durar por mais tempo.
Uma das maneiras de reduzir o uso do gás de cozinha é utilizando aparelhos eletrodomésticos, como micro-ondas e fritadeira elétrica. No entanto, esses aparelhos, além de serem caros para muitas famílias, também elevam o valor da conta de luz. Por isso, muitas pessoas não veem alternativas para economizar o gás de cozinha.
Em meio a isso, os preços elevados do botijão de gás já fizeram algumas pessoas utilizarem lenha para cozinhar. Há algum tempo, não era difícil ver notícias sobre donas de casa que passaram a cozinhar à lenha. No entanto, os valores do gás de cozinha passaram a cair de maneira intensa no país nas últimas semanas, para alívio dos consumidores.
No dia 17 de maio, a Petrobras promoveu uma redução histórica no preço do gás de cozinha. Em resumo, a companhia reduziu em 21,3% o valor do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o famoso gás de cozinha. Aliás, essa redução correspondeu a R$ 8,97 por botijão de 13 quilos.
Esse reajuste se referiu às distribuidoras do país, com as quais a Petrobras tem contratos de comercialização do GLP. Em outras palavras, a redução não deveria ser sentida pelos consumidores, pelo menos não em sua totalidade. Isso porque há outras variáveis que encarecem o preço de revenda do botijão de 13 quilos, como frete, mão de obra e margem de lucro.
De todo modo, o consumidor esperava que uma parte significativa do reajuste chegasse a ele, e isso tem acontecido nas últimas semanas. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio nacional do gás de cozinha caiu 4,75% entre os dias 21 de maio e 17 de junho.
Essa queda correspondeu a R$ 5,17, ou seja, o botijão de 13 quilos deve ficar ainda mais barato no país para que o reajuste da Petrobras seja completamente repassado para o consumidor, conforme os dados da própria companhia. O problema é que os estabelecimentos que revendem o item nem sempre passar toda a queda para o consumidor.
A expectativa era que o preço médio do gás de cozinha caísse para abaixo de R$ 100 no país. Contudo, o levantamento da ANP mostrou que, na semana passada, o valor médio nacional foi de R$ 103,55, permanecendo acima da marca de R$ 100.
Aliás, apenas cinco unidades federativas (UFs) revenderam o botijão de gás a preços inferiores a R$ 100. Nestes locais, os consumidores conseguiram aproveitar valores mais acessíveis, comprometendo um pouco menos a renda familiar.
Confira abaixo as dez UFs com os preços preços médios do gás de cozinha na semana passada:
Cabe salientar que Pernambuco liderou o ranking nacional pela quarta semana consecutiva, apresentando o menor do país. Aliás, o valor de revenda do gás de cozinha no estado nordestino ficou 9,8% menor que a média nacional.
Antes de Pernambuco assumir a liderança nacional, o Rio de Janeiro comercializou o botijão de 13 quilos mais barato do país em todas as semanas de 2023.
Contudo, desde a redução promovida pela Petrobras, o valor do item caiu apenas 3,3% no Rio de Janeiro (R$ 3,17), enquanto a queda em Pernambuco chegou a 6,3% (R$ 6,33). Dessa forma, o estado nordestino conseguiu assumir a liderança do ranking, ultrapassando o estado fluminense.
Ao considerar apenas a capital das UFs, o resultado foi mais positivo para os brasileiros. Em suma, o valor do item foi menor que R$ 100 em oito locais, enquanto isso aconteceu apenas com cinco UFs.
Veja as capitais com os menores valores do país:
Mais uma vez, os moradores da capital pernambucana também se beneficiaram com o gás de cozinha mais barato do país. Desde o reajuste promovido pela Petrobras, o preço do botijão de 13 quilos caiu 7,8% no Recife, superando tanto a redução nacional quanto a estadual.
Inclusive, Recife já tinha o gás de cozinha mais barato do país em maio (R$ 97,41), figurando como uma das quatro capitais com valores inferiores a R$ 100, juntamente a São Luís (R$ 99,70), Rio de Janeiro (R$ 99,94) e Curitiba (R$ 99,94).