Economia

Supermercados já sentem impacto da diminuição do valor do auxílio emergencial

Os supermercados já estão sentindo o impacto da redução do auxílio emergencial, que pagava R$ 600 nas cinco primeiras parcelas e pagará R$ 300 nas quatro parcelas de prorrogação. O impacto da redução do programa foi sentido em conjunto com a crise econômica causada pelo novo coronavírus.

Ancelmo Góis, colunista do jornal O Globo, divulgou que na primeira quinzena de outubro as vendas de supermercados caíram 5% quando comparadas a setembro. No Nordeste, a queda da primeira quinzena de outubro, comparada a setembro, foi de 10%.

Fábio Queiróz, presidente da Asserj, afirmou que ainda é cedo para prever essa redução, mas confirmou que o impacto foi sentido, assim como a mudança nas preferências das compras. “Nesse momento, o consumidor opta por comprar mais produtos da cesta básica, e a gente começa a sentir a substituição de produtos pela alta nos preços. O arroz, por exemplo, tem dado lugar ao macarrão e à batata. Já o óleo de soja tem perdido espaço para o óleo de milho”, disse ele.

Para aumentar as vendas, a estratégia é fazer promoções e aumentar a variedade de produtos nas prateleiras, para dar mais opções de escolhas aos clientes. “Para aquecer, vamos aproveitar as datas sazonais, como Black Friday, Natal, ano novo, além dos aniversários das redes. Esperamos, ao fim de 2020, registrar crescimento de 5% em relação ao ano passado”, explicou.