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SP: Professores devem ser vacinados primeiro, segundo secretário da Educação

Quando houver vacina para o novo coronavírus, professores devem estar no grupo prioritário para tomá-la. Isso é o que disse o secretário de Educação do estado de São Paulo, Rossieli Soares nesta quarta-feira, 26.

Ele defendeu que os educadores, junto a demais profissionais que atuam na linha de frente para que o País funcione, se imunizem primeiro.

“Os profissionais da saúde, professores e policiais, que trabalham com o público, devem ser públicos prioritários, além daquelas pessoas com mais de 60 anos e que têm comorbidades” falou Rossieli em entrevista à Rádio Eldorado.

No entanto, aqueles profissionais que fizerem parte do grupo de risco, segundo o secretário, não devem retornar às atividades presenciais.

“No mês de outubro, não poderão retornar aqueles no grupo de risco. Os demais poderão retornar, no sistema de rodízio. A gente vai ter um reforço de contratação de professores para reorganizar a carga horária dos nosso profissionais”, esclareceu Soares.

Lembrando que o governador João Doria (PSDB) determinou que as escolas abram as portas para aulas de reforço e recreação a partir de 8 de setembro. Além disso, a volta compulsória das atividades escolares convencionais tem a possibilidade de ocorrer dia 7 de outubro, porém, não há certeza.

Retorno das aulas em SP

A primeira etapa da retomada das aulas presenciais no estado de São Paulo deve considerar 35% dos alunos, conforme o Plano SP. Já a segunda etapa, abrangerá 70% dos estudantes, até os 100% na terceira e última fase.

De acordo com o secretário Rossieli Soares, as escolas públicas (estaduais) e particulares devem retornar juntas.

“Eu acho que a igualdade precisa ser preservada. Não dá para dizer que a privada pode voltar antes. Quando autorizarmos, será para todas”, afirmou.

Prefeitura tem calendário diferente

No último dia 18, o prefeito do município de São Paulo, Bruno Covas afirmou que as aulas nas escolas da prefeitura não retornarão no mês de setembro.

“O retorno de aulas agora é temerário, ainda estamos controlando a doença na cidade. É muito mais complicado manter o distanciamento social dentro da sala de aula, da escola, do que em outro lugares que já tiveram o retorno autorizado. Nesse momento, a volta representaria um grande vetor de contaminação, ampliação e disseminação da doença. Por este motivo, não teremos o retorno em setembro”, confirmou.

Covas então aproveitou para falar que a decisão sobre o adiamento da volta das escolas municipais se deu logo após a pesquisa sorológica realizada pela prefeitura.

De acordo com o estudo, 25% das crianças e adolescentes da cidade em fase escolar moram com pessoas do grupo de risco, o que acarretaria em uma elevação do risco de contaminação.

“A pesquisa mostra que dois terços das crianças foram assintomáticas. Estamos falando da possibilidade de duas a cada três crianças estarem contaminadas e serem incapazes de apresentar sintomas”, ressaltou o prefeito.

Além disso, Covas reiterou que o protocolo sanitário em crianças é uma meta difícil de cumprir. “O inquérito sorológico mostra que 23% das crianças da cidade podem estar contaminadas. É um contingente em que é difícil de aplicar regras de distanciamento social e que pode agravar a disseminação”, concluiu.