Educação

SP: 8 em cada 10 escolas de educação infantil podem fechar, informa sindicato

São Paulo também vive a eminência do fechamento de escolas por conta da pandemia do novo coronavírus. Com a necessidade de distanciamento social, as instituições particulares têm sofrido com a queda do número de matrículas.

Muitos pais perderam suas rendas completamente ou então parte delas. Dessa forma, precisaram tomar decisões em relação à educação dos filhos. Uma delas foi transferi-los para escolas estaduais ou municipais.

Em pleno ápice da crise, as escolas de educação infantil são as mais afetadas. Elas tendem a demandar menos investimentos e, assim, ter ganhos menores. Muitas delas estão se vendo em um cenário definitivo: precisarão fechar as portas.

Aquelas que ainda não encerraram suas atividades registraram queda de até 80% nas receitas e perda de metade dos alunos. No entanto, caso as aulas presenciais não retornem em setembro, como estava previsto pelo governo, essas mesmas escolas podem não permanecer abertas.

Segundo o presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), Ademar Batista Pereira, cerca de 10% das escolas de educação infantil particulares do Brasil já encerraram suas atividades definitivamente. Além disso, as unidades que atendem crianças de 0 a 5 anos perderam aproximadamente 60% dos alunos.

“Já o Semeei, sindicato que representa as escolas de educação infantil, prevê que 80% dos colégios para essa faixa etária (dos 12 mil existentes no estado) não consigam reabrir em setembro, quando deve ser autorizado o retorno presencial. “Elas não suportam cinco meses sem receita, são todas empresas pequenas, a minoria tem reserva”, relata o presidente do Semeei, Eliomar Rodrigues.

SP não atingiu meta para reabrir escolas

A reabertura das escolas em SP dependia do cumprimento das metas estabelecidas pelo Plano São Paulo. No entanto, nesta sexta-feira, 24, foi divulgado que não foram alcançados os números esperados, afetando o retorno das aulas.

Em entrevista à GloboNews, João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência do combate ao coronavírus no Estado, que “não vai ser possível” reabrir as escolas do estado na data que estava prevista, dia 8 de setembro.

De acordo com o governador João Dória e secretários, para viabilizar o retorno das aulas presenciais, todas as regiões do estado deveriam ter permanecido por pelo menos 28 dias na fase 3 (amarela) do denominado Plano São Paulo. Isso não ocorreu, por isso a situação deve entrar em uma nova fase de estudos.