De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Datafolha na última sexta-feira (19), 54% dos brasileiros consideram que a situação econômica do país piorou nos últimos meses. Em contrapartida, 25% acreditam que a situação tenha melhorado, 20% enxergam estabilidade e 1% não soube opinar. A pesquisa ouviu 5.744 pessoas em 281 municípios brasileiros entre os dias 16 a 18 de agosto e possui margem de erro de dois pontos para mais ou para menos.
O levantamento ainda indica que a taxa dos cidadãos que observam um avanço na economia brasileira teve um avanço em relação aos 15% relatados na pesquisa de junho. Além disso, a taxa dos brasileiros que enxergam uma piora na economia também diminuiu em comparação com os 67% registrados na pesquisa anterior.
Ao falar sobre as expectativas para o futuro, 48% dos entrevistados acreditam que a situação econômica no país deve melhorar. No entanto, 28% enxergam que a situação deve se manter estável e 18% afirmam que a economia brasileira deve piorar futuramente.
A pesquisa realizada pelo Datafolha investigou também a situação financeira dos entrevistados. Desta forma, foi possível constatar que 42% acreditam que sua situação financeira tenha piorado nos últimos meses, enquanto 32% afirmam que ela se manteve a mesma. Além disso, 26% dos entrevistados disseram que sua situação financeira apresentou uma melhora.
Segundo o levantamento, a maioria dos brasileiros se diz otimista em relação à situação econômica futura. Sendo assim, 58% acreditam que a situação vá melhorar e 31% disseram que ela deve permanecer como está. No entanto, 8% acreditam que a situação deve piorar.
Um estudo realizado pela Instituição Financeira Independente do Senado Federal (IFI) indicou que a situação econômica brasileira deve melhorar nos próximos meses por conta da PEC dos Benefícios. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) liberou R$ 41 bilhões para que benefícios sociais fossem turbinados neste ano.
“A aprovação da Emenda Constitucional nº 123, que concede uma série de benefícios para caminhoneiros, taxistas e à população que recebe o auxílio Brasil impacta na atividade econômica”, pontuou a diretora da IFI do Senado Federal, Vilma da Conceição Pinto, durante uma entrevista à CNN Brasil. “Quando as famílias ficam com mais recursos disponíveis, parte desses recursos podem ser direcionados para consumo e isso afeta positivamente a atividade econômica”, complementou.
Além de criar novos benefícios como o auxílio para caminhoneiros e taxistas, a PEC tornou possível que novas famílias fossem incluídas no Auxílio Brasil. Vale lembrar que o benefício social também subiu de R$ 400 para R$ 600 mensais até dezembro de 2022. No entanto, a partir de janeiro o valor deve voltar para R$ 400.
De acordo com dados disponibilizados pelo Ministério da Cidadania, 2,2 milhões de cidadãos foram incluídos na folha de pagamento do benefício, o que pode refletir diretamente na economia brasileira. Para varejistas, o aumento no número de beneficiários e no valor do programa social deve aumentar as vendas neste ano, melhorando a situação econômica dos brasileiros.