A Abrasce, Associação Brasileira de Shopping Centers, pediu que o governo realize um rodízio de fechamento entre os setores, caso seja necessário novas medidas restritivas contra a pandemia da Covid-19. As informações são do portal Uol.
“Pedimos que, caso venha a terceira onda e haja a necessidade de novos fechamentos nos estados e municípios, que se faça o rodízio entre setores. Fecha a construção civil por 15 dias, depois abre e fecha o comércio ou a indústria. Cada um precisa trabalhar um pouco”, diz Glauco Humai, presidente da Abrasce.
Ele defende que não só o shopping center seja impedido de funcionas, mas também indústria e construção cívil.”Se todos os setores fazem com que a população circule e fazem parte da economia, por que só shoppings fecham? Precisamos de rodízio para que todos paguem a conta”, declarou.
Além disso, associação pode outras medidas para enfrentar a pandemia da Covid-19 como aumento nas linhas de créditos e programas de proteção de empregos. Hoje o governo tem oferecido o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm) que contou com quase 1,5 milhão de trabalhadores cadastrados.
De acordo com associação, o ano de 2020 finalizou com resultados negativos, com queda de 33,2% se comparado a 2019. Ao todo foram R$ 128,8 bilhões. Outro apontamento é de que deixaram de ser cobrados “R$ 5 bilhões dos lojistas, em aluguel, taxa de condomínio e taxa de promoção de seus lojistas”, relata a Uol.
Neste cenário, a instituição e outras 100 entidades do comércio elaboraram um manifesto direcionado para prefeitos e governadores. “Muitos estados e prefeituras fecham nossos negócios, em algumas cidades por mais de seis meses, e nos obrigam a pagar impostos”. “Não aceitamos mais funcionar parcialmente. Temos que operar plenamente. Não dá para trabalhar continuamente com prejuízo”, diz o documento. O texto ainda pede agilidade na vacinação no país, medida de responsabilidade do governo federal.
Para José Carlos Martins, presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), não se pode fazer a comparação de setores de maneira equivalente.
“Não tem lugar mais ventilado que uma construção civil e as pessoas naturalmente trabalham em obras com equipamentos de proteção individual, inclusive a máscara N95, padrão para lixamentos ou serragem de madeira, entre outros”, diz
Ele ainda destacou que o transporte ainda continua sendo um problema e que uma solução seria horários alternativos.
Outro ponto é que seria melhor, de acordo com ele, que os trabalhadores estivessem ocupados. “Deixar essas pessoas em casa é ainda pior”, disse. Ele ainda relatou que 40% dos trabalhadores viveriam em coabitação. “Quando você traz o trabalhador para a construção, diminui o risco de ele estar na comunidade ou no bar da periferia”, concluiu.