De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor de serviços obteve uma variação de 0,7% em junho, em relação a maio deste ano. O mercado tinha como estimativa uma alta de 0,5%. É o segundo mês seguido em que houve um aumento referente à atividade econômica.
Nos últimos 12 meses, o setor vem apresentando uma variação positiva de 6,3%. Em relação ao índice pré-pandemia, em fevereiro de 2020, a categoria de serviços em junho, está cerca de 7,5% acima do período anterior. No entanto, a variação está 3,2% abaixo do índice histórico de novembro de 2014.
Das cinco atividades incluídas na pesquisa do IBGE, quatro obtiveram um crescimento em junho, em relação a maio. O setor de transportes teve uma variação de 0,6% e foi o que mais influenciou na estatística. De acordo com o instituto, ele está 16,9% acima dos valores anteriores à crise da covid.
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Uma das causas observadas para o crescimento do setor, é o aumento do transporte de cargas. Isso se deve ao fato de que com o lockdown imposto pela pandemia, houve um aumento expressivo nas compras online, impactando assim, a cadeia de logística em todas as regiões do país.
Um dado importante referente a PMS indica que os serviços profissionais, administrativos e complementares, tiveram um aumento de 0,7%. Ademais, as atividades que mais influenciaram as estatísticas foram a organização, promoção e gestão de feiras, congressos e convenções.
Outro setor que se destacou foram as atividades técnicas relativas à arquitetura e engenharia, serviços de engenharia, e vigilância e segurança privada. Todavia, foi também a segunda alta em dois meses, acumulando um crescimento de 1,8%. Em relação ao período anterior à pandemia, houve uma alta de 7,1%.
Já o setor de outros serviços, teve uma variação positiva de 0,8%. As atividades que mais se destacaram foram a de corretoras de títulos e valores imobiliários, e de administração de fundos por contrato ou comissão. Em síntese, neste caso, o setor está 2,0% acima de fevereiro de 2020.
Desse modo, os serviços prestados às famílias tiveram uma alta de 0,6% em junho. As atividades de artes cênicas, espetáculos e a gestão de instalações esportivas puxaram o índice para cima. No entanto, é o único setor que ainda está abaixo dos indicadores pré-pandêmicos.
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O setor relacionado à informação e comunicação apresentou uma queda em junho, com uma variação negativa de -0,2%. aliás, as atividades que puxaram o índice para baixo foram as relacionadas a portais, provedores de conteúdo, e outros serviços de informação na internet. Entretanto, no acumulado do ano, vem apresentando uma alta considerável.
De acordo com a PMS, no primeiro semestre de 2022, o volume relativo às atividades do setor de serviço teve uma alta de 8,8%. No acumulado de 12 meses, houve uma diminuição do ritmo de crescimento, de 11,7% em maio, para 10,5% em junho deste ano. Na comparação de abril para maio, também houve uma desaceleração visto que o índice para o mês foi de 12,8%.
Sobre as atividades turísticas, a pesquisa apontou que houve uma retração de 1,8% em junho, em relação a maio de 2022. Entretanto, estas atividades vinham apresentando uma alta nos últimos três meses, quando acumulou um crescimento de 10,7%. Ao se comparar com os índices pré-pandemia, o setor está 2,8% abaixo do patamar estabelecido em fevereiro de 2020.
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A atividade turística que obteve um menor crescimento foi a dos transportes aéreos, por conta do aumento da passagem no Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) de junho. O estado de São Paulo, por exemplo, apresentou uma variação negativa, de -2,2%, no Rio de Janeiro, o índice foi de -1,2%.
Através dos indicadores da PMS é possível acompanhar a situação de todo o setor de serviços do país, através de uma pesquisa relativa à receita bruta de serviços das empresas formalizadas nacionais, que possuem mais de 20 colaboradores, excluindo-se as atividades de saúde e educação. A pesquisa mensal do IBGE abrange todas as unidades da federação.