Direitos do Trabalhador

Senadora diz que valor do Auxílio estimula as pessoas a se contaminarem

De acordo com Senadora Zenaide Maia (PROS-RN) valor do Auxílio faz com que pessoas precisem sair para se contaminar

A Senadora Zenaide Maia (PROS-RN) disse que o valor do Auxílio Emergencial do Governo Federal seria um dos responsáveis pelo aumento no número de óbitos pela Covid-19 no Brasil. De acordo com a parlamentar, as pessoas precisaram sair para trabalhar.

Pela ideia da Senadora, os valores do programa do Palácio do Planalto não são suficientes para se manter no meio da pandemia. Assim, os cidadãos passariam a ter a obrigação de sair de casa e se arriscar mesmo em um momento de descontrole do vírus da Covid-19.

De acordo com o Ministério da Cidadania, os valores do Auxílio Emergencial deste ano variam entre R$ 150 e R$ 375. De fato, não dá para se manter apenas com estes montantes. Só uma cesta básica nas cidades de Porto Alegre e São Paulo, por exemplo, costumam custar mais do que R$ 600.

O próprio Presidente Jair Bolsonaro afirma que as pessoas precisam sair para trabalhar, mesmo no meio da pandemia. Em entrevista recente, aliás, ele afirmou que todo trabalho era essencial. De acordo com a Senadora, isso seria uma amostra de que o Governo quer que os brasileiros saiam e se contaminem.

Na visão da parlamentar, o Palácio do Planalto é que deveria pagar um Auxílio muito mais alto do que este pelo menos até o final do processo de vacinação contra a Covid-19. Há alguns meses, ela disse que era possível fazer isso taxando as grandes fortunas.

Auxílio Emergencial

A discussão em torno dos valores do novo Auxílio Emergencial não é, de fato, nova. Desde o início dos repasses, ainda no último mês de abril, membros da oposição estão fazendo pressão para que o Governo suba os valores para, pelo menos, o patamar dos R$ 600.

No ano passado, o Palácio do Planalto pagou o benefício para cerca de 70 milhões de brasileiros. Na ocasião, eles pagaram parcelas que chegaram até a R$ 1200 para as mães solteiras. No entanto, de acordo com o Ministério da Economia, isso não deve se repetir.

Segundo membros do Governo, o país não está mais sob o sistema de calamidade pública, como aconteceu no ano passado. Assim, o Palácio do Planalto precisa voltar a respeitar o teto de gastos nestes pagamentos do Auxílio Emergencial. Isso diminui a margem de gastos.

De acordo com a PEC Emergencial, que passou por aprovação na Câmara e no Senado, o Governo só pode gastar até R$ 44 bilhões com os repasses deste programa. Se passar disso, eles estariam cometendo um crime de responsabilidade. E é por isso que eles não querem aumentar os valores do benefício.

Teto de gastos

Há quem defenda que o Governo poderia acabar com esse teto de gastos no período em que a pandemia durar. No entanto, o Planalto não está dando sinais de que poderia fazer isso. De acordo com o Ministério da Economia isso daria um recado ruim para os investidores.

Algumas pessoas afirmam que outra solução seria convocar um novo período de calamidade pública, assim como aconteceu no ano passado. No entanto, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, não pretende fazer isso também. Assim, não há previsão para aumento nos valores do Auxílio.