O Senador Rogério Carvalho (PT-SE) usou as suas redes sociais nesta semana para criticar duramente as mudanças que o Governo Federal vai fazer no Bolsa Família. De acordo com o parlamentar, as alterações seriam fruto de um “desespero” do Presidente Jair Bolsonaro por causa de suas baixas taxas de aprovação popular neste momento.
“Não adianta o desespero Bolsonaro. O povo sabe que o Bolsa Família foi criado por Lula. O primeiro presidente em nossa história que colocou o combate à fome na agenda do país”, disse o Parlamentar. O Senador centrou as suas críticas especialmente em relação ao processo de mudança no nome do programa em questão.
É que de acordo com o Governo Federal o Bolsa Família não vai ter mais esse nome a partir do próximo mês de novembro. De acordo com as informações oficiais, o projeto em questão vai passar a se chamar Auxílio Brasil. Isso não é nem mais uma informação de bastidor. O próprio Presidente Jair Bolsonaro confirmou essa ideia.
De acordo com informações da imprensa a ideia de Bolsonaro ao mudar o nome do projeto é mesmo descolar o programa da imagem de Lula. Membros do Palácio do Planalto passaram a considerar que o esse termo tem muita ligação com o petista. Por isso eles optaram por mudar o título do benefício.
Se por um lado eles consideram que o termo Bolsa Família tem ligação com Lula, por outro eles também consideram que a palavra auxílio tem mais ligação com Bolsonaro. E foi por isso portanto que eles escolheram esse novo nome para o programa em questão. As mudanças devem começar a valer de fato a partir do próximo mês de novembro.
No início desta semana, o Presidente Jair Bolsonaro visitou o Congresso Nacional para entregar pessoalmente a Medida Provisória (MP) do programa em questão. Ele entregou o texto nas mãos do Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
A proposta já tem validade. Isso porque o chefe do executivo publicou o texto no Diário Oficial da União (DOU) ainda na última terça-feira (10). No entanto, ainda falta passar pelo Congresso para ter uma validação definitiva.
O texto, no entanto, ainda não dá uma dimensão do tamanho do projeto em si. É que o Governo Federal ainda não bateu o martelo sobre uma série de detalhes que eles estão discutindo. Esses dados só devem passar por uma divulgação no final de setembro.
De acordo com informações de bastidores, a ideia do Governo Federal é aumentar o número de beneficiários do programa. Hoje, de acordo com o Ministério da Cidadania, cerca de 14,7 milhões de brasileiros recebem as parcelas do benefício.
Outro ponto que também deve mudar é o valor médio de pagamentos. Ainda de acordo com o Ministério da Cidadania, a média atual está na casa dos R$ 190. Isso deve crescer, só não se sabe qual vai ser o tamanho de crescimento.
Em entrevistas, o Presidente Jair Bolsonaro disse que o montante médio vai ser de no mínimo R$ 300. No entanto, o próprio chefe do executivo disse na última segunda-feira (9) que o valor vai crescer 50%, o que daria algo em torno de R$ 285.