Aproveitando a prorrogação do auxílio emergencial que o governo irá propor, o Senado tenta emplacar outras propostas que podem beneficiar diferentes categorias durante a pandemia do novo coronavírus. A taxação de grande fortunas é vista como principal forma de juntar recursos para bancar o auxílio.
A ideia dos senadores é aproveitar a proposta de prorrogação do governo, que pode ser enviada ainda esta semana, e incorporar outros projetos que podem já ter sido protocolados no Congresso. Nos próximos dias, o governo deve enviar Medida Provisória prorrogando o auxílio emergencial até dezembro de 2020.
Jair Bolsonaro não garantiu que a prorrogação irá continuar com parcelas de R$ 600. Ao contrário, o presidente já afirmou repetidas vezes que o governo não aguenta continuar pagando esse valor. Paulo Guedes, ministro da Economia, defende que as novas parcelas sejam de R$ 200. Achando o valor baixo, Bolsonaro defende as novas parcelas por R$ 300, que deve ser o valor proposto na Medida Provisória.
Atualmente, há cerca de dez propostas protocoladas pelo Senado buscando garantir renda mínima aos brasileiros durante a pandemia do novo coronavírus. Randolfe Rodrigues, líder da Rede no Senado, por exemplo, defende alteração da renda básica da cidadania. Para ele, não deve ser feito apenas o pagamento de auxílio durante o período de calamidade pública.
Randolfe Rodrigues criou proposta que pede que o benefício seja pago para beneficiários do Bolsa Família e do Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico), dando suplementação para eles de, pelo menos, R$ 300 por pessoa durante seis meses prorrogáveis.
Outro projeto visa ajudar famílias vulneráveis com crianças de até seis anos. A proposta da senadora Eliziane Gama, Cidadania-MA prevê renda mensal de R$ 800 para famílias vulneráveis com crianças de até seis anos de idade. O pagamento também seria bancado pela taxação de grandes fortunas.