Sem vacina: um quarto da população mundial não se vacinará contra a Covid até 2022
Um quarto da população mundial ficará sem vacina até 2022. Segundo um estudo da revista The BMJ essa é a previsão em relação à vacinação.
Pesquisadores alertam que a previsão visa que todos os testes sejam positivos. Ou seja, caso não consigam manter a produção e tenham problemas pode ser outro resultado.
Há mais fatores que influenciam para que apenas um quarto da população não tenha vacina. Por exemplo, a distribuição dos estoques de países que reservaram suas doses.
Encomendas podem deixar pessoas sem vacina
Segundo dados, em novembro os países já haviam reservado 7,48 bilhões de doses contra Covid-19. Mas a maioria das vacinas aplica-se duas vezes. Logo, 3,76 bilhões de pessoas serão imunizadas.
Um total de 51% das doses são destinadas a países de alta renda. Inclusive, eles concentram 14% da população mundial. Sendo assim, muitos ainda ficarão sem vacina.
Situação do Brasil
O ministro da saúde do Brasil afirmou que há 300 milhões de doses garantidas. Assim, espera-se a conclusão de testes e aprovação pela Anvisa. Ou seja, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Com as doses garantidas é possível imunizar 150 milhões de pessoas. Desta forma, 30% da população ainda ficará sem vacina.
Preve-se a compra de mais de 70 milhões de doses pelo Brasil. Mas, no plano do governo ainda não cita a Corona Vac. Em resumo, é uma vacina criada em parceria com o Instituto Butantan.
A Corona Vac já conta com 46 milhões de doses previstas. Portanto, se forem utilizadas, reduzirá o número de pessoas que não serão imunizadas. Desta forma, poderá aumentar o número de infectados e de contaminação.
Toda a campanha de vacinação deve acontecer em 16 meses a partir da aprovação. Porém, pode haver mudanças no plano do governo.
Qual a solução para o caso
Uma alternativa para que ninguém fique sem vacina é a redistribuição das doses compradas. Ou seja, países que possuem um estoque maior devem distribuir para outros.
Deve-se começar os planos com pessoas de grupos de risco e posteriormente aumentar a distribuição. Seja como for, ainda não há negociações para que as vacinas cheguem em mais locais.
Na pesquisa apontaram que alguns países compraram muitas doses extras. Por exemplo o Canadá. Segundo o estudo, as reservas feitas vacinam cinco vezes a população total.
Por fim, o estudo aponta para um cenário em que os países mais ricos conseguem as vacinas. Em contrapartida, para muitos outros ainda é incerto como acontecerá a imunização. Logo, é preciso encontrar alternativas para a distribuição.