O auxílio emergencial encerrou o seu calendário de pagamentos no fim de 2020. Em janeiro de 2021, há apenas o calendário de liberação de saque e transferência em andamento. Ou seja, a partir deste mês, milhões de brasileiros não podem mais contar com ajuda financeira do programa emergencial do governo.
Apesar disso, a pandemia do novo coronavírus continua em alta no Brasil, assim como o emprego, deixando a economia brasileira em crise. De acordo com informação divulgada pelo jornal O Dia, 31,57% recebiam o auxílio em sua fase final. No Nordeste, o percentual era ainda maior, de 37,82%. O programa foi essencial para garantir o sustento da população mais pobre do país, assim como aumentar o poder de compra e do Produto Interno Bruto (PIB). Com o fim do programa, 11,6 milhões foram jogados à pobreza.
De acordo com dados da Assessoria Fiscal da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), grande parte da população do Brasil usou dinheiro do auxílio emergencial durante a pandemia em 2020. Apenas no estado do Rio de Janeiro, 32,19% da população recebeu o benefício. No estado de São Paulo, o índice foi de 27,21%. Mas a região Nordeste foi a que teve o maior índice: sete dos dez estados tiveram a maior parcela de seus habitantes recebendo o programa.
Os números divulgados pela Alerj levaram em conta microdados disponibilizados no Portal da Transparência do governo com dados da população estimada disponibilizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram levados em conta brasileiros que receberam o auxílio em algum momento entre abril e agosto e excluídos os que tiveram dinheiro devolvido ao governo.
Abaixo, veja os dez estados brasileiros em que maior parcela de seus habitantes recebeu auxílio emergencial.
Piauí: 39,82%
Bahia: 38,66%
Maranhão: 38,03%
Pará: 37,96%
Ceará: 37,71%
Paraíba: 37,70%
Pernambuco: 37,33%
Roraima: 37,25%
Amapá: 37,05%
Sergipe: 37,04%
Veja abaixo a porcentagem por região.
Nordeste: 37,82%
Norte: 36,67%
Centro-Oeste: 30,25%
Sudeste: 28,95%
Sul: 24,99%