Mesmo diante do alto índice de casos da Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a causar aglomerações. Desta vez, o fato aconteceu na manhã deste sábado (17) em Goianápolis, no centro de Goiás. No local Bolsonaro, que estava sem máscara, chegou inclusive a pegar um bebê no colo. O curioso é que a criança teve que ser passada por cima da grade.
Na ocasião o presidente também esteve acompanhado do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Ele chegou a controlar a pasta por seis meses e ainda é alvo de inquérito.
O inquérito neste caso foi instaurado para verificar sua atuação enquanto ministro e na crise sanitária no Amazonas. No início do ano chegou inclusive falta oxigênio nos hospitais do estado.
Em paralelo, um Comissão Parlamentar de Inquérito deve investigar se o governo federal foi omisso na pandemia da Covid-19. A investigação foi criada no último dia 13 de abril pelo Senado Federal e deve completar uma semana nesta terça-feira.
O G1 tentou entrar em contato com a assessoria do Planalto e questionou o motivo da visita do presidente Bolsonaro e do ministro a Goianápolis, mas não obteve retorno.
Na visita neste sábado Bolsonaro também aproveitou para comentar sobre a divulgação da conversa por telefone com o senador goiano Jorge Kajuru (Cidadania). O senador divulgou os áudios, em suas redes sociais, no último dia 11.
“Gravar uma conversa minha com ele? Sem comentários. Depois que ele publicou, falei para publicar o resto todo. Não devo nada para ninguém, não estou preocupado com gravação telefônica não. Agora é sacanagem, até eu gravar você, você gravar ele”, disse Bolsonaro.
O senador, em nota ao G1, negou que tenha feito “sacanagem” com o chefe do Executivo. “Logo, ele sabia da gravação e deu autorização para a sua exibição. Do contrário, bastaria dizer ‘não coloque no ar Kajuru’, eu o teria obedecido. Se arrependeu 20h depois”, explicou.
Bolsonaro também esteve com o deputado federal major Vitor Hugo, líder do PSL na Câmara, que comentou sobre a visita a cidade. “A intenção foi de ouvir os problemas, sentir de que forma as ações do governo têm repercutido e tivemos uma impressão muito positiva, o presidente foi calorosamente recebido em Goianápolis”, disse.
Sem máscara e sem levar em conta protocolos de distanciamento contra a Covid-19, Bolsonaro apertou a mão de apoiadores. Para se ter uma ideia desde 2020 o uso de máscaras é obrigatório no estado.