O Senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) disse nesta quinta-feira (1), que o Governo do Presidente Jair Bolsonaro é o responsável pelo pagamento do Auxílio Emergencial. De acordo com o parlamentar, se não fosse o seu pai, o país estaria “mergulhado em um caos”. A declaração repercutiu nas redes sociais.
“O governo Bolsonaro tem garantido todos os esforços e, se não fosse ele, não teríamos tantas vacinas aplicadas nos braços dos brasileiros, não teríamos auxílio emergencial, aprovado pelo Congresso, impedindo que o país se tornasse um caos”, disse o filho do presidente da República.
Rapidamente, aliás, membros da oposição questionaram a declaração de Flávio Bolsonaro. Muitos argumentaram que o Presidente não queria pagar o benefício no valor de R$ 600 no ano passado. Outros disseram que o mesmo Governo passou três meses sem pagar o programa neste ano de 2021.
“Flávio Bolsonaro falando que se não fosse o presidente o povo não teria auxílio de 600 reais é um escárnio”, disse a Deputada Federal Talíria Peltrone (PSOL-SP), em sua conta oficial no Twitter. “Se não fosse pela oposição, o auxílio teria sido de 200 reais, como seu pai queria, senador”, completou ela na mesma postagem.
De acordo com as informações oficiais, o Ministério da Cidadania está repassando neste momento quatro parcelas de valores que variam entre R$ 150 e R$ 375 a depender do indivíduo. Esses montantes são notadamente menores do que os que o próprio Governo pagou durante o ano passado.
O debate em torno da autoria do Auxílio Emergencial não é de fato novo. De um lado a oposição afirma que o Governo Federal só queria pagar o benefício no valor de R$ 200 no ano passado. Eles afirmam que o montante subiu depois da pressão do Congresso.
E isso de fato é verdade. No ano passado, o próprio Ministro da Economia Paulo Guedes chegou a apresentar oficialmente um plano para pagar apenas R$ 200 mensalmente para as famílias durante a pandemia do novo coronavírus.
Por outro lado, defensores do Governo Federal afirmam que o dinheiro do programa sai dos cofres da união. Além disso, eles afirmam que os pagamentos só são possíveis por causa da sanção do Presidente Jair Bolsonaro.
E isso também é de fato verdade. Os valores do Auxílio Emergencial saem exclusivamente dos cofres da União. Logo, é o Presidente da República que responde por esses repasses. E é isso o que está acontecendo neste momento.
Com polêmica ou não, o fato é que o Auxílio Emergencial vai ganhar uma prorrogação. E quem disse isso foi o próprio Ministro da Economia, Paulo Guedes. De acordo com ele, o programa vai ganhar mais dois ou três meses de duração.
A ideia do Governo Federal é pagar esse benefício até o próximo mês de outubro e depois colocar em ação o novo Bolsa Família. No entanto, o Palácio do Planalto ainda vai precisar confirmar oficialmente todas essas informações.