Direitos do Trabalhador

Sem Auxílio, vulneráveis passam a pedir ajuda nas redes sociais

“Estou sem dinheiro. Não estou recebendo Auxílio Emergencial nem Bolsa Família. Tenho filhos para criar. Me ajudem”. Se você costuma usar redes sociais ou internet com uma mínima frequência, certamente já visualizou esse tipo de mensagem por aí. Há um nítido crescimento de pedidos de ajuda neste momento.

De acordo com relatos nas redes sociais, as pessoas estão se encorajando a fazer esses pedidos na internet. A grande maioria delas não está conseguindo receber nenhuma ajuda de nenhum governo neste momento. Por isso, elas estão relatando momentos de desespero sem esses benefícios.

No início da semana, uma senhora chegou a comentar em um perfil oficial da Caixa Econômica Federal que precisava urgentemente de ajuda. Ela postou o número do CPF nos comentários, algo que não é recomendável de se fazer. Ao ser alertada por outros usuários, ela apagou o número. No entanto, o sofrimento segue presente.

Pessoas como essa senhora alegam que não estão conseguindo receber a quantia do Auxílio Emergencial do Governo Federal. Isso acontece porque o Palácio do Planalto optou por não abrir novas inscrições nesta nova fase do programa. De acordo com analistas, isso acabou deixando muita gente que precisava do dinheiro de fora do benefício.

Se por um lado está difícil entrar nos projetos do Governo Federal, a situação não é muito diferente para quem tenta entrar em programas estaduais. De acordo com as informações oficiais, esses auxílios estão chegando em uma parcela muito pequena da população. E em geral, os valores também são baixos.

Beneficiários

E de acordo com relatos, o fato é que mesmo as pessoas que estão recebendo esse auxílio, acreditam que ele acaba não dando para muita coisa. No caso do programa do Governo Federal, o valor varia entre R$ 150 e R$ 375.

Não é muito diferente nos Governos estaduais. No geral, esses projetos estão pagando uma faixa que variam entre R$ 90 e R$ 400. Em alguns casos específicos, isso pode passar desse montante. No entanto, são situações que estão fugindo da regra.

Para se ter uma ideia do tamanho do problema, uma cesta básica mensal para uma família de quatro pessoas costuma custar bem mais do que isso. Em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, por exemplo, o preço costuma passar dos R$ 600.

Auxílio

O Governo Federal deverá fazer mudanças fortes nos auxílios do poder executivo ainda neste semestre. De acordo com o Ministro da Economia, Paulo Guedes, a ideia é justamente tentar atender esses cidadãos.

Em entrevista recente, ele chegou a reconhecer que os mais vulneráveis ficaram para trás neste momento. Por isso, ele argumentou que os projetos deverão ter um aumento nos próximos meses. Pelo menos essa é a ideia.

A questão é que o aumento de Paulo Guedes, não é bem uma elevação de valores. Ele disse em entrevista que deve subir o patamar do Bolsa Família para algo em torno de R$ 300. Isso não foge muito do que o Auxílio Emergencial paga hoje.