Economia

Sem auxílio emergencial, PIB perderá 2,4% em 2021

O governo já anunciou que o auxílio emergencial será prorrogado até dezembro de 2020. Inicialmente, o auxílio pagaria três parcelas de R$ 600. Ele foi prorrogado para mais duas parcelas de R$ 600. Agora, sua prorrogação é de quatro parcelas de R$ 300, para número limitado de beneficiários.

Também inicialmente, a criação do Renda Brasil seria uma forma de substituir o Bolsa Família, aumentar o valor médio de pagamento e abranger um maior número de beneficiários. Dessa forma, o novo programa seria também uma espécie de continuidade do auxílio.

Na última semana, Bolsonaro vetou sua equipe econômica de continuar discutindo formas de financiar o Renda Brasil. O presidente afirmou que a criação do novo programa está suspensa.

Nesse cenário, sem auxílio emergencial em 2021 e sem um substituto, como o Renda Brasil, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil pode ser impactado de forma negativa em até 2,4%. A projeção feita pela consultoria MB Associados concluiu que, após queda de 4,8% em 2020 no PIB, a projeção para 2021 é de 2,2%. Se o auxílio emergencial fosse mantido, a projeção do PIB para 2021 seria em torno de 4%.

Para ter esse impacto no PIB do ano que vem, seria necessário investimento parecido com o feito em 2020, de mais de R$ 330 bilhões. Agora assunto proibido no governo, o Renda Brasil funcionaria de forma e continuar impactando a economia, mas de forma mais modesta que a feita atualmente com o auxílio.