O evento conhecido como Segunda Crise do Petróleo demonstrou mais uma vez a importância desse produto nas principais economias mundiais.
O assunto é muito cobrado por provas de história e de geografia, principalmente nos vestibulares e no ENEM. Assim, é fundamental que você entenda os principais tópicos que envolvem a Segunda Crise do Petróleo.
A Segunda Crise do Petróleo, evento também classificado como o Segundo Choque do Petróleo, ocorreu no ano de 1979 e foi precedido pela diminuição na produção de petróleo devido à Revolução Iraniana, também chamada de Revolução Fundamentalista, que destituiu a monarquia no Irã e instaurou uma república islâmica teocrática.
Em 1978, os iranianos se organizaram para retirar do poder o ditador Xá Reza Pahlevi. Após a saída de Pahlevi e a destituição da monarquia iraniana, o controle político do país passou a ser exercido pelos xiitas que apoiavam o aiatolá Khomeini. Assim, uma república fundamentalista teocrática foi instaurada no país.
Porém, com o Aiatolá, o setor petrolífero do país, um dos mais importantes de todo o mundo, sofreu grandes instabilidades, o que fez com que o preço do barril disparasse.
As revoltas sob a liderança de Ayatollah, ou Aiatolá, Khomeini basicamente zeraram a extração de petróleo no Irã que na época, era o segundo maior produtor de petróleo do mundo. Isso porque, o Ayatollah não tinha muito interesse nas relações com os países do ocidente dependentes do petróleo, ao contrário do que fazia Xá Reza Pahlevi, que mantinha boas relações com as nações que importavam o seu petróleo.
Basicamente, podemos afirmar que a Revolução Iraniana foi responsável por fazer com que o petróleo praticamente sumisse do mercado mundial, devido aos altos preços. Com o Ayatollah, o governo iraniano passou a ser um dos maiores inimigos dos Estados Unidos, principalmente devido ao fato de o governo americano intervir constantemente no Irã, sob o mandato de diversos presidentes. O aumento no preços dos barris, como forma de retaliação ao Ocidente, duraria até 1986, quando esses se estabilizariam novamente.
As crises de 1973 e de 1979 indicam que a economia das grandes nações, sobretudo daquelas mais desenvolvidas, é diretamente dependente do petróleo. Isso porque, ele é extremamente útil para as indústrias e demais produções e para os combustíveis e, como não é renovável, deve ser cuidadosamente usado.
A Segunda Crise do Petróleo foi benéfica somente para os países membros da OPEP, Organização dos Países Exportadores de Petróleo, que lucraram muito. Porém, para as grandes potências mundiais a crise foi devastadora, afetando diretamente suas economias.
A economia brasileira sofreu mais com a Segunda Crise do Petróleo do que com a Primeira. Isso porque, o país já enfrentava uma grande crise devido às obras de alto custo promovidas pelo Regime Militar e os erros na política energética do país. Nesse contexto, a disparada do preço da gasolina e do diesel nas bombas dos postos de combustível quase levou o país à falência.
No Brasil, a crise seria resolvida também no ano de 1968, assim como em todo o mundo, quando as tensões entre Estados Unidos e Irã se aliviaram.