Em entrevista à CNN, o secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, declarou que a prorrogação do auxílio emergencial em 2021 poderia piorar a situação dos mais pobres.
“Se o governo continuasse gastando com o auxílio emergencial a dívida pública ia aumentar muito no final do dia. Os juros iam ter que aumentar e a situação dos mais pobres iria piorar ao invés de melhorar”, defendeu Sachsida. “Temos que prestar atenção no lado fiscal. Garantindo o lado fiscal, o investimento privado volta e volta o emprego”.
No fim de 2020, o presidente Jair Bolsonaro confirmou que o auxílio emergencial chegaria ao fim e que o programa Renda Brasil, para distribuição de renda, não seria criado.
De acordo com Sachsida, a consolidação fiscal é defender a população mais pobre “que sofre com a inflação e o desemprego”.
“Muitas pessoas criticam a equipe econômica, mas o auxílio emergencial não dava para continuar. Ia nos colocar numa situação fiscal muito complicada”.
O Governo Federal e a Caixa Econômica Federal (CEF) encerram os depósitos do auxílio emergencial, no valor de R$ 300. O novo calendário confirma que os saques vão continuar sendo liberados em 2021. As retiradas poderão ser feitas até janeiro.
De acordo com o calendário oficial, os pagamentos por meio de depósitos seguiram até 29 de dezembro. Após algumas semanas, o cidadão poderá realizar o saque ou transferência do dinheiro até 27 de janeiro de 2021.
Inicialmente, o auxílio emergencial estava previstos para ser pago em cinco parcelas de R$600. No entanto, em setembro o benefício foi estendido em mais quatro parcelas de R$300, até dezembro.
Veja também: Saques de até R$ 1.100 do FGTS devem ser liberados em 2021; veja como fazer