O que fazer com uma moeda de apenas 50 centavos? Para a grande maioria das pessoas, a resposta para esta pergunta pode ser simples. Afinal de contas, estamos falando de uma peça com baixo valor monetário. Mas uma minoria entende que este exemplar pode custar muito dinheiro em alguns casos.
Neste artigo específico vamos falar sobre uma moeda de 50 centavos valiosa, que pode valer muito dinheiro em caso de venda para colecionadores. Trata-se de um exemplar do ano de 2019, que conta com um pequeno e valioso detalhe. É justamente esta característica que pode fazer com ela seja vendida a um valor muito alto.
Mas afinal de contas, qual é o pequeno detalhe que pode fazer esta moeda valer muito dinheiro? De acordo com informações de colecionadores, trata-se apenas de uma pequena letra A desenhada no anverso da peça. Estamos falando de um erro de cunhagem que só foi percebido pelo Banco Central (BC) depois que a moeda já estava em circulação.
De um modo geral, uma moeda de 50 centavos do ano de 2019 conta com as seguintes características:
Abaixo, podemos ver os valores atualizados da moeda de 50 centavos do ano de 2019. Os patamares abaixo servem apenas como referência, e fazem parte do catálogo dos anos de 2023 e 2024. Veja:
MBC | SOBERBA | FLOR DE CUNHO |
R$ 2,00 | R$ 3,00 | R$ 6,00 |
Em uma primeira vista, os valores acima podem parecer baixos, mas o fato é que existem casos em que a moeda de 50 centavos do ano de 2019 com a inscrição A pode valer muito mais dinheiro. Isso ocorre quando encontramos esta mesma peça com o reverso invertido. Veja:
Os valores acima também podem ser identificados para as moedas de 5 centavos do ano de 2019 que contem com a inscrição A.
Mas afinal de contas, o que seria uma moeda com reverso invertido? Para entender esta pergunta, é necessário sabe que o Brasil adota um sistema de padrão reverso moeda, ou seja, eixo horizontal (EH). As moedas que fogem deste padrão exigido são conhecidas como reverso invertido, e são consideradas muito raras.
Basicamente, as moedas com reverso invertido são aquelas que possuem o reverso com alinhamento contrário ou invertido ao alinhamento original. Na prática, para saber se uma moeda tem este defeito, basta segurar a peça com a face em posição normal virada para você. Logo depois, basta girar de baixo para cima.
Se o outro lado estiver de cabeça para baixo, estamos falando de uma moeda com reverso invertido, ou seja, uma peça valiosa. Vale frisar que qualquer item pode ser reverso invertido. Até mesmo centavos podem ter este tipo de defeito. Em todos os casos, a peça poderá valer mais.
“Mas definir valor comercial à essas moedas é algo relativamente complicado, principalmente porque, como foram produzidas como erros durante o processo de cunhagem, não há registros da quantidade de moedas emitidas”, diz o especialista Plínio Pierry.
Mesmo na época do Brasil Império, já existia uma preocupação com o material usado nas moedas que seriam usadas no comércio. De acordo com um relatório histórico do Banco Central, com o passar dos anos, os imperadores começaram a alterar o material usado na fabricação destas peças.
“Com a generalização do uso de cédulas, a cunhagem de moedas direcionou-se para a produção de valores destinados ao troco. O cobre foi sendo substituído por ligas modernas, mais duráveis, de modo a suportar a circulação do dinheiro de mão em mão. A partir de 1868, foram introduzidas moedas de bronze e, a partir de 1870, moedas de cuproníquel”, diz o Banco Central
“Após a Proclamação da República, em 1889, foi mantido o padrão Réis. As moedas de ouro e prata receberam gravação da alegoria da República no lugar da imagem do imperador. A utilização do ouro, na cunhagem de moedas de circulação, foi interrompida em 1922, devido ao alto custo do metal”, completa o BC.