Traumas hereditários: Estudo analisa se impactos negativos são passados de pais para filhos

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Banco de Imagens: Unsplash

Não só as doenças são herança hereditárias, alguns traumas vivenciados pela mãe, também podem afetar a saúde mental das crianças. É o que indica um estudo que vem sendo realizado pela Columbia University em parceria com a Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

De acordo com a pesquisa, os altos níveis de cortisol e marcadores inflamatórios, que acontece durante episódios traumáticos na história da mãe, acabam ocasionando alterações epigenéticas nos bebês, ou seja, modificações bioquímicas nas células que controlam a ativação ou silenciamento de genes.

O estudo, que abrangeu mais de 580 gestantes, também identificou alterações na placenta e no neurodesenvolvimento do bebê, por meio de análises de imagens de ressonância magnética neonatal e avaliações cognitivas.

As gestantes que participaram da pesquisa vivem em situação de vulnerabilidade ou tiveram uma infância marcada por violência física, sexual, psíquica e negligência. Esses momentos de forte comoção, segundo a pesquisa, são gatilhos para a transmissão intergeracional de trauma.

O objetivo dessa pesquisa, ainda de acordo com os pesquisadores, é buscar meios de prevenção aos possíveis problemas de saúde mental nas crianças que são filhos de mulheres com esse histórico traumático.

 

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Pais tóxicos

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Banco de Imagens: Unsplash

Apesar de o estudo tentar entender os mecanismos de transmissão do trauma intergeracional no âmbito fisiológico, vale destacar, que tais impactos emocionais vivenciados pelos pais também podem ser passados de acordo com conduta ideológica e comportamental.

Pais que viveram experiências traumáticas e não trataram adequadamente o emocional perante esses episódios acabam desenvolvendo uma conduta negativa seja no relacionamento ou na educação dos filhos.

A toxicidade dos pais pode ser definida em diversos padrões, tais como:

  • Abusivos fisicamente, verbalmente, emocionalmente e sexualmente
  • Viciados em substâncias ilícitas
  • Imaturos
  • Rígidos
  • Com transtornos de personalidade
  • Superprotetores

Essas condutas se diferem de acordo com o tipo de traumas sofridos, inclusive, da forma como esse episódio impactante foi abordado, variando assim de pessoa para pessoa.

Dessa forma o trauma dos pais acaba refletindo na vida e principalmente na saúde mental dos filhos, ou seja, acontece a transmissão integeracional do trauma.

Como superar um trauma?

Para evitar esta sucessão de traumas é preciso primeiramente tratar sua origem.

Visto que cada pessoa tem uma forma de reagir à determinada situação, a abordagem desse trauma também pode ser diferente.

O primeiro passo para isso é buscar auxilio psicológico. Este profissional poderá alinhar o tratamento, de acordo com a experiência vivida, personalidade da pessoa, idade, entre outros fatores predominantes para garantir a superação do trauma.

Psicoterapias, regressões e até hipnose podem ser alternativas estratégicas na hora de curar um trauma.

Nestas diferentes abordagens, o profissional busca identificar os fatores limitantes que impedem o indivíduo de se curar do trauma, entretanto, será o próprio paciente que encontrará os mecanismos em sua mente, estando consciente ou não, para resolver essa questão.

Estes tratamentos também ajudam a estimular habilidades para que o paciente saiba como lidar com seus gatilhos emocionais, restabelecendo a autoconfiança.

 

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